Vivemos um tempo em que os empreendimentos coletivos da humanidade estão entregues às grandes elites.
Ao homem comum, resta a busca do bem-estar material. As tensões de âmbito privado. O consumo. A auto-ajuda.
A história foi sequestrada.
Não é por acaso que as questões relativas aos direitos individuais mobilizem as pessoas muito mais do que as lutas sociais e as grandes aspirações históricas.
Isso serve para os empreendimentos de guerra. Para o mundo do trabalho. E claro, para o mundo de futebol (que é parte consistente da sociedade).
As grandes conquistas não mobilizam a energia dos futebolistas, assim como os grandes movimentos sociais não atraem os trabalhadores, nem as grandes vitórias impulsionam os soldados.
Vivemos a plenitude do individualismo.
Deixando um pouco de lado os moralismos e também os discursos politicamente corretos, o o "selinho" se tornou uma espécie de subversão possível para os nossos tempos.
Não é possível dar marcha ré na história. É lógico que os direitos individuais devem ser preservados.
Começando pelo direito do homem amar a quem quiser e como quiser.
É preciso proteger as diferenças e lutar pelas igualdades.
Mas a batalha pelo direito de beijar quem se quer e como se quer é uma guerra possível de ser ganha num mundo de inimigos ao mesmo tempo gigantescos e ocultos.
Depois de tantos percalços, estas são as intrigas disponíveis para a humanidade neste triste Século XXI.
A estagnação e mediocridade estão à serviço da "preservação" da espécie humana que deve renunciar às guerras e entregar a história aos grandes arquitetos escondidos nas casamatas, bunkers e caixas fortes.
Os antigos senhores das guerras regozijam: "Divirtam-se com estas intrigas e deixem a história conosco".