segunda-feira, 13 de junho de 2011

São Bernardo do Campo terá a primeira usina termelétrica movida a lixo do Brasil


Em tempos de desativação de usinas nucleares com investimento em geração de energias alternativas em países europeus como Alemanha e Suécia, podemos comemorar uma boa notícia aqui no Brasil.
O município de São Bernardo do Campo terá a primeira usina termelétrica movida a lixo do país.
A cidade produz hoje 700 toneladas de lixo em média, que são destinados em um aterro sanitário no município de Mauá.
Em 2010, o presidente Lula assinou uma lei que decreta a proibição dos famosos lixões.
Os aterros sanitários privados custam muito caro para os municípios e esta solução é esgotável e fonte de problemas urbanos permanentes.
Os aterros são uma espécie de super bomba de longo prazo. Produzem gases tóxicos e um líquido chamado chorume que ao penetrar no lençol freático produz contaminação por longos anos.
Além disso, as áreas próximas aos aterros sofrem grande desvalorização e acabam se tornando destino de muitas famílias que por não encontrarem moradia nos centros urbanos se instalam em suas cercanias, correndo riscos de doenças.
A área escolhida para instalação da usina será o antigo lixão do Alvarenga. Um passivo ambiental que será recuperado e revitalizado.
Um sistema de separação magnética seleciona os resíduos que podem ser reciclados. Os materiais incinerados oferecem um potencial de produção de energia para 200 mil habitantes. Poderosos filtros impedem a emissão de gazes nocivos a atmosfera e se transformam em vapor. As cinzas geradas pelo processo podem ainda ser utilizadas na produção de asfalto.
Para que o sistema funcione de maneira efetiva os programas de reciclagem de lixo devem ser reforçados e adaptados dentro de uma lógica de produção industrial.
Os trabalhadores informais que hoje atuam nas ruas sem nenhum tipo de seguridade social serão valorizados, formalizados e incluídos nesta nova cadeia produtiva.
Outras cidades brasileiras como Barueri, São José dos Campos e Santo André se movimentam em direção semelhante a este modelo que já é consagrado em importantes cidades européias.
Hoje, o Brasil produz mais de 195 mil toneladas de lixo, dos quais, 35 mil ainda são destinados a lixões sem nenhum critério de armazenamento, segundo dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).


Nenhum comentário:

Postar um comentário