sexta-feira, 17 de junho de 2011

Agora, a estratégia da oligarquia é dividir o lulismo



Na ofensiva contra Palocci, a velha imprensa não conseguiu fragilizar a imagem nem a autoridade da presidenta Dilma.
Mas alcançou alguns de seus objetivos.
O primeiro foi o de eliminar justamente o quadro de articulação com o famigerado mercado e com a direita conservadora. Palocci era o grande negociador com os grandes grupos econômicos.

Daí, vamos para o segundo objetivo que era o de limitar o poder de transformação do governo Dilma, ou ao menos torná-lo o mais negociável possível. Lula concluiu o seu segundo mandato com a maior popularidade da história, liderando um governo de retomada do desenvolvimento econômico, num processo de crise e desgaste do discurso neoliberal pós crise econômica de 2008. O interesse inicial, não era o de aniquilar o governo Dilma, mas o de diminuir sua capacidade de modificar as bases da organização economica brasileira, dada a vocação desenvolvimentista da “mãe do PAC” e atual presidenta.
Como a oposição está esfacelada e em evidente crise de articulação, reflexo da derrota eleitoral de Serra e principalmente pela derrota do proclamado “legado FHC”, a imprensa mais uma vez assumiu a condição de partido político e agora pretende dar seus próximos passos.
A estratégia agora será dividir o lulismo.
A oligarquia oferecerá duas possibilidades para a presidenta Dilma.
O primeiro caminho é enganosamente confortável. Caso Dilma se afaste do lulismo, a imprensa oferecerá flores e afago. Fará de conta que o projeto de Dilma está em convergência com os interesses dos velhos donos do Brasil. Louvará a independência de Dilma e elogiará sua conduta. Mas tão logo o dilmismo se divorcie do lulismo, na primeira esquina, ela será impiedosamente massacrada para dar lugar a um novo projeto genuinamente alinhado com o já famoso PIG (partido da imprensa golpista).
O segundo caminho apresentado à Dilma será inicialmente mais duro e conflituoso. Dilma apóia seu poder na população que a elegeu. Finca-se no terreno duro, porém fértil do lulismo e leva em frente o projeto de desenvolver o Brasil, combatendo as desigualdades. Serão dias difíceis, mas o povo brasileiro estará ao seu lado e as mídias alternativas estão prontas para apoiar este momento histórico do Brasil. Será a única maneira de Dilma se proteger verdadeiramente e fazer um governo vitorioso.
Cada gesto de independência e de personalidade de Dilma vem recebendo um caráter de ruptura com Lula.
Seria injusto exigir da presidenta que abra mão de seu modo pessoal de liderar e não lhe seja dada a chance de deixar suas marcas positivas e um legado próprio. Os cumprimentos pelo aniversário de FHC foi um gesto educado, gentil e republicano. O Brasil está amadurecendo. Em breve não votaremos mais em homens nem em mulheres, mas em projetos.
È necessário confiar na presidenta Dilma. Não devemos incorporar as intrigas plantadas por aqueles que morrem de medo de ver este Brasil mudando. Com alguns erros históricos, é verdade, mas caminhando em direção da justiça social, tentando fazer a vida da nossa gente mais feliz.

Um comentário:

  1. Tenho esperança em ver um governo para o povo realmente, quero que projetos como cegonha melhorem e novos ganhem vida.. tem que acabar com estes jornalecos mentirosos!

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