Quando tudo parecia perdido Liedson apareceu livre na área para cabecear consciente e empatar a partida dificílima contra o Atlético-MG.
Minutos depois uma bola rebatida na defesa corinthiana armou o contra-ataque. Uma oportunidade única durante toda a partida. Faltavam dois minutos para o término do tempo regulamentar.
Emerson arrancou e serviu Adriano. O atacante decadente foi ungido por forças extraordinárias que emanavam das vibrações da nossa gente e colocou a bola no canto esquerdo do goleiro. Foi gol! Puta que pariu foi GOL!!!
Quando digo que o “imperador” é decadente não quero ofender. Longe disso. Qualquer decadência carrega consigo uma poesia. Uma memória boa guardada num lugar chamado história. A decadência é movimento. A decadência é uma estrada rumo à eternidade.
Um imperador sobre-humano, de sangue azul e parcimonioso, coberto de adornos e glórias estaria muito distante da realidade da gente corinthiana.
Já o imperador decadente, festejando como um plebeu, tirando a camisa e deixando suas banhas saltarem alegremente parece muito mais humano. Muito mais verdadeiro. Uma sinergia perfeita com o time do povo.
O que se viu a seguir foi uma catarse coletiva. Pela tevê passavam imagens da fiel se abraçando, chorando, se confraternizando.
Os anti-corinthianos não podiam acreditar no que havia acabado de ocorrer.
Impossível que eles entendam esta solidariedade tão particular.
Vou tentar ajudar. É mais ou menos assim: o corinthiano não torce pelo Corinthians. Ele vive o Corinthians.
E o abraço representa justamente a solidariedade. Um corinthiano sozinho não é ninguém. Ele compartilha com os seus iguais esta experiência existencial.
O Corinthians é uma experiência coletiva. Um destino compartilhado.
Aqui é Corinthians... texto de um autêntico corinthiano!
ResponderExcluirParabéns!!!
Abç, Rodrigo Moreno
Compartilhado pelo juizão que não expulsou Alessandro, autor da jogada do empate.
ResponderExcluirsem mais