O Jornal Nacional da Rede Globo destacou duas principais reportagens na noite do dia 17 de novembro.
A primeira expunha o constrangimento do Ministro do Trabalho Carlos Lupi sendo obrigado a assumir que viajara no avião particular de uma ONG prestadora de serviços do ministério.
A situação seria imoral e incompatível com o interesse público, já que este tipo de “gentileza” poderia interferir em possíveis decisões do ministro que viessem a favorecer esta ONG de “propriedade” de um empresário.
Outra notícia de destaque foi o sobrevôo da Bacia de Campos pela reportagem do JN para “tranqüilizar” a população quanto às dimensões do vazamento de óleo na costa brasileira. Seria uma fatalidade acidental muito inferior ao desastre ocorrido na costa norte-americana meses atrás.
Ao final da matéria, meio envergonhada, Fátima Bernardes admite que para realização da reportagem “tranqüilizadora” a TV Globo utilizou um jatinho oferecido pela própria empresa Chevron, responsável pelo desastre na Bacia de Campos.
Empresas deste porte contratam escritórios de comunicação especializados em gerenciamento de crises. A tarefa destes profissionais é negociar com os meios de comunicação e oferecer explicações que convençam a sociedade sobre a idoneidade da corporação.
Obviamente, a relação comercial entre as partes é um segredo empresarial. Tudo muito protegido em nome da liberdade de imprensa.
Mas a Chevron pode dormir tranqüila quanto ao comportamento da imprensa neste caso do vazamento de óleo na Bacia de Campos. Para defender a privataria e garantir a entrega das riquezas brasileiras para as multinacionais a TV Globo e seus colegas da velha mídia topam qualquer coisa e prometem matérias tênues e silenciosas quanto ao desastre natural que se avizinha.
As privatizações no Brasil ocorreram principalmente na década de 90 e foram defendidas com voracidade pela velha mídia.
A promessa era que o Brasil deixaria de gastar bilhões com empresas estatais deficitárias e sobraria muito dinheiro para o Estado concentrar suas ações e resolver a situação da Saúde e da Educação no país.
Outra promessa era a eficiência. Empresas estatais seriam elefantes brancos e incapazes de gerenciar grandes negócios. Sendo assim, as empresas privadas seriam muito mais eficientes em seus empreendimentos e trariam benefícios para toda a sociedade.
Mais de uma década depois, vemos que o déficit do Brasil com a saúde e a educação permanece grande e o Brasil perdeu a capacidade de orientar os investimentos das estatais privatizadas em benefício da infra-estrutura econômica nacional. Um exemplo disso foi o comportamento da Vale do Rio Doce logo após a crise de 2008. A empresa demitiu milhares de trabalhadores e se negou a investir em produtos de maior benefício para a cadeia produtiva do setor de minérios no Brasil.
A eficiência também não foi o forte destas empresas privatizadas. As empresas de telecomunicações submetem seus clientes à panes quase que diárias nos serviços de internet e as tarifas de telefonia celular estão entre as mais caras do mundo. As empresas de eletricidade obrigam a população a conviver com freqüentes apagões. A precariedade nos investimentos é tanta que no Rio de Janeiro os bueiros explodem sobre a cabeça das pessoas.
Mais de cinqüenta anos depois da campanha do “petróleo é nosso”, os liberais continuam defendendo a entrega do Pré-Sal para os oligopólios privados.
O desastre na Bacia de Campos só vem reforçar para a população a incompetência e a negligência destas empresas que visam apenas o lucro imediato e pouco investem em segurança e tecnologia, marcas da nossa PETROBRAS.
Ao invés disso, a empresa texana Chevron parece preferir investir em cortejar a TV Globo para evitar danos a sua marca já manchada de petróleo e sangue das guerras no Oriente Médio.
A coerência eterna das organizações "Globo" é a defesa dos interesses do grande capital nacional e estrangeiro, disso não abrem mão. Se o Brasl não regulamentar as comunicações, continuaremos sobre o domínio dessa gente mafiosa.
ResponderExcluiròtimo! e corajoso!
ResponderExcluirGostei, so tem um detalhe, quanto mais eu vejo o povo de outros paises, como por exemplo o quase nosso vizinho Chile enfrentarem o governo e a policia contra algumas leis, outros para derrubarem ditadores e outros contra a corrupção,mais tenho a certeza que somos um bando de babacas medrosos e covardes, porque e muito facil protestar e reclamar na frente de um computador no conforto de nossas casas com o ar ligado e cervejinha do lado, eu quero ver e na hora da porrada para defender o que e nosso e acabar com os verdadeiros bandidos e genocidas que tem o QG estabelecido no estado de Goiania com endereço e numero, eu quero ver e vontade de acabar com aquela merda e com sangue, porque so assim vai se mudar alguma coisa nesse Pais chamado Brasil, porque se acabando com a gingantesca quadrilha de bandidos e safados que la arquitetam maldades e extorsão contra nos trabalhadores, so na base do sangue porque bandido não se entrega não, são verdadeiras facções de partidos que nada se diferencia das do trafico, como: por ex. CV, ADA, TCP, e outras, qual a diferença? roubam BILHÕES, vendem drogas, subornam, ameaçam, matam, se unem para se defenderem, praticam o genocidio em massa contra seu proprio povo, matando milhares de crianças e adultos com balas perdidas, ou com os BILHÕES roubados da Saude que foram tirados na fonte enquanto se trabalhava, nas escolas se vendem drogas ao redor e falta de tudo desde boas mesas e cadeiras ao ar condicionado, sim senhor ar condicionado sim, num Pais tropical em que no verão se chega a mas de 40 graus celsium, por que as crianças e adolescentes ou universitarios são obrigados a enfrentarem horas de aulas derretendo de calor? ou sera que o governo não tem dinheiro para pagar uma conta de luz com ar ligado? se quiser sugestão e so tirar 1000 reais do salario desses inuteis chamados politicos que ta pago a conta, mais não importa tambem porque talvez 70% dos alunos não irão terminar o ensino fudamental e os que terminarem continuaram sem saber ler e escrever e voltaram para onde vieram, alguns para o crime, tambem com o salario que os educadores ganham e o conforto que nossas salas de aula das escolas publicas proporcionam ate que não esta tão ruim, talvez salvaram-se 30% por cento para no futuro trabalharem e pagar aos patrões 40% do seu salario e o que sobrar gastar como quiser nos nossos impostos imbutidos com precinhos promocionais, ou ainda comprar uma carroça 1.0 sem ar, sem vidros eletricos, sem radio, sem nada, pela bagatela do preço de um importado com tudo que tem direito. Enquanto ficarmos aqui e assim que vai ser como sempre foi, morte a esses FDP.
ResponderExcluirConcordo plenamente com seu ponto de vista sobre o caso da texana Chevron. É verdade que parece que a maior procupação da empresa é a de evitar danos a sua marca do que no fundo evitar ou resolver o problema ambiental. O que não é nenhuma particularidade apenas da Chevron. Mas, sem sombras de dúvidas a iniciativa privada é muito mais eficiente do que a gestão pública. Principalmente na máquina corrupta brasileira. Gestão tão ineficiente que, realmente com menos gastos com as deficitárias companhias e ainda mais servidores públicos, conseguiram fazer a saúde e a educação pararem no tempo. Assim como a sociedade para nas filas de espera para ser atendida.
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