Encontraram uma ex-modelo jogada na cracolândia.
Cabelo loiro, traços finos e olhos azuis.
Causou perplexidade geral, pois ali não seria o seu lugar. Dos outros pobres feios e arruinados talvez. Mas não dessa moça que um dia foi bonita, quando preservava o seu fenótipo.
As televisões e jornais se interessaram pelo caso.
O argumento deste novo show é mostrar às pessoas onde elas podem parar com o uso de drogas ilícitas.
Oferecem agora à moça uma nova droga. Que será oferecida durante algumas poucas semanas, enquanto o ibope durar.
A fama instantânea. Tão instantânea e efêmera quanto o "barato" do crack.
Será a promessa de um novo tempo. De reconhecimento. De sociabilidade. De frequentar lugares glamourosos.
A primeira pedra de fama é "de grátis".
Logo em seguida ela será jogada em alguma outra cracolândia do esquecimento, onde estão tantas outras sub celebridades que tiveram seus segundos de fama e agora também agonizam.
Dirão que ela teve uma nova chance e que outra vez jogou tudo no lixo.
Enfim, todos vão dizer como uma espécie de sentença: "Ah, então realmente ela não prestava".
E esse lance do "prestar" ou não "prestar" deixará evidente que não aprendemos nada sobre dependência química e que a cracolândia existe porque o sistema precisa e deseja que ela exista. É um limbo social.
As televisões e jornais se interessaram pelo caso.
O argumento deste novo show é mostrar às pessoas onde elas podem parar com o uso de drogas ilícitas.
Oferecem agora à moça uma nova droga. Que será oferecida durante algumas poucas semanas, enquanto o ibope durar.
A fama instantânea. Tão instantânea e efêmera quanto o "barato" do crack.
Será a promessa de um novo tempo. De reconhecimento. De sociabilidade. De frequentar lugares glamourosos.
A primeira pedra de fama é "de grátis".
Logo em seguida ela será jogada em alguma outra cracolândia do esquecimento, onde estão tantas outras sub celebridades que tiveram seus segundos de fama e agora também agonizam.
Dirão que ela teve uma nova chance e que outra vez jogou tudo no lixo.
Enfim, todos vão dizer como uma espécie de sentença: "Ah, então realmente ela não prestava".
E esse lance do "prestar" ou não "prestar" deixará evidente que não aprendemos nada sobre dependência química e que a cracolândia existe porque o sistema precisa e deseja que ela exista. É um limbo social.
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