No decorrer do processo eleitoral, o apoio dos movimentos sociais e das correntes políticas de esquerda foram fundamentais para a vitória da Presidenta Dilma.
O discurso truculento e inflamado de parte dos setores conservadores da sociedade brasileira mobilizou as forças progressistas. Um fração considerável dos apoios recebidos por Dilma, partiu justamente de quadros que haviam nutrido críticas importantes ao primeiro mandato da presidenta, no entanto, diante da disputa acirrada, mostraram seus rostos e manifestaram seu apoio à candidata do PT.
O fato é que foram pouquíssimas forças políticas da esquerda que não apoiaram, em algum nível de intensidade, a eleição de Dilma no segundo-turno. O resultado apertado do pleito deixa evidente a importância destas correntes e movimentos na reeleição da presidenta.
O Ministério do segundo governo de Dilma decepcionou muita gente que imaginava a sedimentação de uma nova aliança, depois do antagonismo acirrado que ficou evidente nas disputas durante o período eleitoral.
Parece nítido porém, que Dilma fez a opção por costurar uma trégua com algumas das forças que se opõem ao seu governo. A equipe econômica, por exemplo, é uma evidente sinalização do esforço da presidenta em reestabelecer a boa convivência com o mercado financeiro que dava sinais claros de mal estar e desconfiança.
Dilma esforçou-se também para reconstruir sua base de apoio parlamentar, trazendo para dentro do governo as principais forças políticas do congresso. Pode-se dizer que o Ministério de Dilma não é menos conservador do que o Congresso Nacional eleito pela população brasileira.
Desde junho de 2013, Dilma não teve um minuto de descanso. As forças que se opõem ao seu governo vislumbraram desde então uma possibilidade de minar, desestabilizar e fissurar o seu mandato até a exaustão.
A solidez do Governo Dilma frente às tempestades políticas do último período se deve a três fatores principais, além da óbvia negociação de apoio com os partidos aliados. Primeiramente, o nível de emprego permanece preservado. O país continua com o desemprego mais baixo em nossa história recente. Outro fator é o controle da inflação. Ainda que haja um aumento significativo no custo de vida, sobretudo nas grandes cidades, não existe descontrole de preços ao consumidor. O terceiro fator que garante a estabilidade política é a aliança entre o governo e a sociedade civil. Ainda que existam movimentos sociais importantes de oposição, a maior parte dos trabalhadores não se voltou contra o Governo Dilma. Acrescenta-se a isso o fato de a presidenta ter sido recentemente reeleita. Pesa decisivamente, a articulação com a sociedade dos movimentos ligados aos partidos que apoiam o governo e a gigantesca importância do Presidente Lula, sem dúvidas o grande fiador político de Dilma.
A presidenta optou por preservar os dois primeiros fatores, ou seja, a estabilidade econômica como forma de controlar a temperatura do caldeirão político.
Vimos que o governo tenta negociar uma trégua com o mercado, reestabelecer sua base de apoio no congresso, preservar a estabilidade econômica e garantir alguma tranquilidade política para superar este momento de adversidade.
Mas o “carão” da esquerda neste começo de segundo mandato pode custar caro ao governo caso os resultados não saiam conforme o planejado. Até o dia anterior à eleição o Governo Dilma estava sob ataque. Desprezar a aliança com as ruas pode ser decisivo caso um novo junho vier.
Garantir o apoio da “base aliada” é fundamental, porém, para o segundo governo será necessário mais do que isso. É preciso sedimentar as conexões com a sociedade civil. Disputar espaços em setores da classe média que foram desprezados. Trazer resultados efetivos e serviços públicos de qualidade para a população que vive nas grandes cidades. Estabelecer uma nova dinâmica de comunicação com a sociedade e superar a fórmula desgastada do “eleitor consumidor”.
Esta última eleição mostrou que o eleitorado tem motivações que vão muito além do bem-estar material. O PT perdeu espaço justamente no que se passou a conhecer como “nova classe média”. No frigir dos ovos o que decidiu a eleição fundamentalmente foi a política e não exatamente os resultados do primeiro Governo Dilma.
Não adianta a presidenta fazer política apenas no Plano Piloto da Capital Federal. É recomendável estabelecer novas pontes com a sociedade e evitar constranger exageradamente sua “base de apoio” no eleitorado brasileiro.
O discurso truculento e inflamado de parte dos setores conservadores da sociedade brasileira mobilizou as forças progressistas. Um fração considerável dos apoios recebidos por Dilma, partiu justamente de quadros que haviam nutrido críticas importantes ao primeiro mandato da presidenta, no entanto, diante da disputa acirrada, mostraram seus rostos e manifestaram seu apoio à candidata do PT.
O fato é que foram pouquíssimas forças políticas da esquerda que não apoiaram, em algum nível de intensidade, a eleição de Dilma no segundo-turno. O resultado apertado do pleito deixa evidente a importância destas correntes e movimentos na reeleição da presidenta.
O Ministério do segundo governo de Dilma decepcionou muita gente que imaginava a sedimentação de uma nova aliança, depois do antagonismo acirrado que ficou evidente nas disputas durante o período eleitoral.
Parece nítido porém, que Dilma fez a opção por costurar uma trégua com algumas das forças que se opõem ao seu governo. A equipe econômica, por exemplo, é uma evidente sinalização do esforço da presidenta em reestabelecer a boa convivência com o mercado financeiro que dava sinais claros de mal estar e desconfiança.
Dilma esforçou-se também para reconstruir sua base de apoio parlamentar, trazendo para dentro do governo as principais forças políticas do congresso. Pode-se dizer que o Ministério de Dilma não é menos conservador do que o Congresso Nacional eleito pela população brasileira.
Desde junho de 2013, Dilma não teve um minuto de descanso. As forças que se opõem ao seu governo vislumbraram desde então uma possibilidade de minar, desestabilizar e fissurar o seu mandato até a exaustão.
A solidez do Governo Dilma frente às tempestades políticas do último período se deve a três fatores principais, além da óbvia negociação de apoio com os partidos aliados. Primeiramente, o nível de emprego permanece preservado. O país continua com o desemprego mais baixo em nossa história recente. Outro fator é o controle da inflação. Ainda que haja um aumento significativo no custo de vida, sobretudo nas grandes cidades, não existe descontrole de preços ao consumidor. O terceiro fator que garante a estabilidade política é a aliança entre o governo e a sociedade civil. Ainda que existam movimentos sociais importantes de oposição, a maior parte dos trabalhadores não se voltou contra o Governo Dilma. Acrescenta-se a isso o fato de a presidenta ter sido recentemente reeleita. Pesa decisivamente, a articulação com a sociedade dos movimentos ligados aos partidos que apoiam o governo e a gigantesca importância do Presidente Lula, sem dúvidas o grande fiador político de Dilma.
A presidenta optou por preservar os dois primeiros fatores, ou seja, a estabilidade econômica como forma de controlar a temperatura do caldeirão político.
Vimos que o governo tenta negociar uma trégua com o mercado, reestabelecer sua base de apoio no congresso, preservar a estabilidade econômica e garantir alguma tranquilidade política para superar este momento de adversidade.
Mas o “carão” da esquerda neste começo de segundo mandato pode custar caro ao governo caso os resultados não saiam conforme o planejado. Até o dia anterior à eleição o Governo Dilma estava sob ataque. Desprezar a aliança com as ruas pode ser decisivo caso um novo junho vier.
Garantir o apoio da “base aliada” é fundamental, porém, para o segundo governo será necessário mais do que isso. É preciso sedimentar as conexões com a sociedade civil. Disputar espaços em setores da classe média que foram desprezados. Trazer resultados efetivos e serviços públicos de qualidade para a população que vive nas grandes cidades. Estabelecer uma nova dinâmica de comunicação com a sociedade e superar a fórmula desgastada do “eleitor consumidor”.
Esta última eleição mostrou que o eleitorado tem motivações que vão muito além do bem-estar material. O PT perdeu espaço justamente no que se passou a conhecer como “nova classe média”. No frigir dos ovos o que decidiu a eleição fundamentalmente foi a política e não exatamente os resultados do primeiro Governo Dilma.
Não adianta a presidenta fazer política apenas no Plano Piloto da Capital Federal. É recomendável estabelecer novas pontes com a sociedade e evitar constranger exageradamente sua “base de apoio” no eleitorado brasileiro.
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