Não é somente o cenário eleitoral que está polarizado. Como um todo, nossa sociedade experimenta um antagonismo entre direita e esquerda, poucas vezes ocorrido em nossa história.
Muitos irão questionar se o PT ainda é efetivamente um partido de esquerda ou se os tucanos são uma força genuinamente direitista. Porém, com efeito podemos dizer que estas duas forças políticas foram capazes de capturar em nível nacional um conjunto de pensamentos, expectativas e ideologias que estão em crescente conflito.
Quando o PT se aproximou do centro, num esforço de construir uma hegemonia política em que estivesse no topo e garantisse as condições para a chamada governabilidade, abrigou diferentes forças políticas que estavam órfãs, desde o processo de implementação da agenda neoliberal. Setores do nacional desenvolvimentismo brasileiro, incluindo forças reconhecidamente conservadoras, foram acolhidos no que ficou conhecido como lulismo.
Não são poucos os que criticam as alianças construídas pelo PT e sua operação política desde que subiu a rampa do Planalto. Algumas correntes de esquerda discutem severamente a aliança com alguns setores da burguesia nacional, inclusive a efetividade dos resultados desta coalizão de forças.
Ocorre que na política, muitas vezes as forças se acomodam onde encontram melhores espaços. Se estabelecem no terreno que parece ser mais fértil e que apresenta melhores condições. No espaço mais receptivo e com clima menos hostil.
Do mesmo modo, o PSDB foi empurrado para uma direita ideológica e intransigente. Ainda que os tucanos não sejam genuinamente uma força de direita, encontrou espaço e atalhos abrigando e sendo abrigado pelas correntes conservadoras.
A tentativa do PT de disputar espaço em setores da burguesia nacional pode ser considerada em parte frustrada. Se durante algum momento, Lula conseguiu costurar uma trégua para realizar importantes (e as possíveis) reformas sociais, esta não se mostrou uma aliança duradoura. Para a elite, a intercorrente relação com o PT é meramente funcional. Ainda que o setor produtivo tenha sido o mais beneficiado com a restauração da atividade econômica, parece não existir aderência destes setores para uma aliança com o atual governo. Ainda que seja em prejuízo de seus próprios interesses, hegemonicamente as elites jogam pesado para interromper o ciclo do PT no poder nacional.
É claro que estes setores da burguesia, como sempre fizeram, irão mobilizar as forças do Estado em favor de seus interesses. Seja com Dilma ou com Aécio. Porém, a cartilha rezada pelo PSDB prevê uma ortodoxia econômica que deve favorecer predominantemente o mercado financeiro. O corte de gastos públicos, investimento do Estado, o arroxo fiscal e o controle da inflação a partir da queda da atividade econômica, certamente provocará perdas em diferentes setores produtivos da economia.
Não é novidade que a nossa elite nacional é incapaz de se mobilizar em torno da construção de um projeto de desenvolvimento para o Brasil. Desde que eles continuem como ricos senhores e detentores de todos os privilégios sociais, pouco importa a decadência do país. Debaixo do sol não há nada novo.
O prestígio e os privilégios sedimentam a polarização entre conservadores e progressistas, não apenas entre PT e PSDB.
Muito mais do que questões como a corrupção, o crescimento econômico, a infraestrutura nacional, o que está em jogo é o desejo de restauração das velhas hierarquias. As transformações sociais causam ruídos, tormentos e transtornos. Muitos sentem-se inseguros. Nossa sociedade é vertical. A hierarquia social já faz parte da vida mental dos brasileiros. Muitos anseiam para que ocorra logo a acomodação das classes para que se saiba logo a quem servir o por quem deve ser servido.
E não se trata apenas de classes sociais e economia. Não foi só isso que mudou nos últimos anos. A nostalgia das velhas hierarquias está diretamente ligada ao culto do politicamente incorreto. Estão em jogo também questões ligadas aos direitos humanos como o combate à homofobia, a emancipação das mulheres, as políticas afirmativas para os negros, a ocupação social dos espaços públicos.
Alguns podem supor que no fundo os dois partidos representem o mesmo projeto, mas na prática não é assim que a banda toca.
Para vencer a eleição, o PT deve reafirmar sua aliança com os setores mais pobres e desfavorecidos da nossa sociedade. Defender a proteção das minorias perseguidas pelas maiorias. E não se trata de minoria em termos populacionais, mas daqueles que são sub-representados nas instituições.
Do mesmo modo, a vitória da direita autoriza e prestigia os setores mais conservadores e intransigentes.
Nos últimos anos, a direita raivosa tem sido o fator de mobilização e aglutinamento dos progressistas.
Para quem acompanha a história política recente, uma frase usada na campanha de eleição de Bill Clinton em 1992 por seu estrategista James Carville, se tornou um jargão conhecido e uma tese defendida por muitos. Para encontrar o ponto principal para vencer George Bush (pai), ele exclamou: “É a economia, estúpido!”.
No Brasil de 2014, podemos dizer que Não é a Economia, estúpido.
Ainda que o cenário econômico esteja repleto de incertezas, ele não é mais problemático do que em nenhum momento da história recente do Brasil. Embora o crescimento seja pequeno, não há nada que esteja em descontrole. O nível de emprego é um dos melhores de nossa história.
A questão da corrupção é repetida exaustivamente, mas ela é só a fachada para manifestar sentimentos inconfessáveis. O PT não inaugurou a corrupção no Brasil. Governos de todos os partidos recebem denúncias preocupantes, inclusive com escândalos nos governos tucanos em São Paulo e em Minas Gerais. Mas o que se vê é uma espécie de indignação seletiva.
Às velhas forças tradicionais ou por quem já está na ponta de cima da pirâmide, a corrupção parece ser mais tolerada. O que incomoda mesmo é a subversão hierárquica. É quem se sente subvertido pela “corja sindical” que dirige o país.
Outras questões que não estão ligadas diretamente à condução econômica são mais relevantes neste pleito. O caos urbano nas grandes cidades, o desgaste dos doze anos do PT no governo, os gargalos na infraestrutura nacional, a qualidade dos serviços públicos como saúde e educação, a percepção de felicidade, consumismo, o endividamento. Todos estes pontos merecem uma análise mais aprofundada.
No entanto, não existe nenhuma experiência administrativa do partido de oposição, nem em sua última passagem pelo Planalto, nem nos estados dirigidos pelos tucanos, que faça crer que receberíamos resultados melhores mudando o governo.
Não faltam motivos razoáveis para realizar críticas sérias aos últimos governos do PT. No entanto, o que se vê, são manifestações de repúdio pelo que ele fez de melhor, não de pior.
A escalada do conservadorismo ficou nítida no resultado das eleições parlamentares. Se antes para conquistar o voto do lumpen conservador era necessário prometer obras faraônicas inexequíveis, hoje a promessa passa a ser a restauração dos “valores”. É a “bolsonarização” da política. Gerou-se também uma escalada de intolerância, não somente no ambiente político, mas na vida social dos brasileiros.
A discussão não é mais somente sobre o papel do Estado como regulador das relações econômicas e na redistribuição das riquezas. A direita não se limita apenas a defender o livre mercado, um Estado menos intervencionista e a predominância da iniciativa privada. Para os conservadores, existe um “inimigo social” invisível. O que mobiliza corações e mentes conservadoras é a restauração das velhas hierarquias e privilégios.
As recentes transformações sociais, ainda que insuficientes para sanar as grandes injustiças históricas, provocaram arrepios e escândalo em quem estava acostumado a desfrutar uma posição de privilégio. Hoje, certos posicionamentos não podem mais se manter ocultos. Se antes um racista se escondia atrás do mito da democracia racial no Brasil, hoje ele não mais tolera ser coagido a controlar os seus impulsos preconceituosos. Quando os gays permaneciam escondidos e não ambicionavam gozar de igualdade de direitos civis, eles eram mais “tolerados”, porém quando eles “ousaram” ocupar os espaços públicos que pertenciam aos “pais de família”, donos das “casas grandes” espalhadas pelo Brasil, passou a existir choque e destempero. Quando os “formadores do opinião” decidiam as eleições, fingia-se a satisfação com a democracia representativa. Com a insubordinação dos pobres, nem a grande mídia controla mais o processo. A democracia se tornou um inconveniente. Pipocam nas redes sociais defesas da ditadura militar e da tortura. Quando a mulher apanhava e aceitava de bom grado as pancadas, a família estava em “primeiro lugar”, já a Lei Maria da Penha ameaça subverter o poder do chefe patriarcal.
A mobilidade social, primeiramente gera um sentimento de euforia. Logo depois, ocasiona um desejo de preservação do status adquirido. A mesma classe média que foi gerada nos governos de Getúlio Vargas, em parte apoiou o golpe militar em 1964. A “nova classe C” é potencialmente conservadora e reacionária. Sua inserção social se deu via consumo. O número de evangélicos é majoritário. A memória de pobreza gera arrepios e precisa ser apagada, nem que seja através de uma aliança com os mais ricos.
Não que existam mais conservadores do que antes. Ocorre que eles foram obrigados a “sair do armário”. Eles sempre estiveram aqui. Os progressistas sim, estiveram por muito tempo desnecessariamente espalhados.
A polarização e o conflito de forças podem causar temores. Mas, talvez, tenhamos perdido um imenso tempo histórico em conciliações mentirosas.
A escalada do conservadorismo se reflete também numa escalada da intolerância. Devemos sim perseguir a paz e o bem comum, mas que isso não dependa da submissão, do conformismo, do cabresto e do retrocesso.
O respeito deve mútuo. Todos devem entender que também podem ser contrariados. Não seremos uma sociedade melhor com uma trégua social alcançada pela força, com opressores e submissos.
Muitos irão questionar se o PT ainda é efetivamente um partido de esquerda ou se os tucanos são uma força genuinamente direitista. Porém, com efeito podemos dizer que estas duas forças políticas foram capazes de capturar em nível nacional um conjunto de pensamentos, expectativas e ideologias que estão em crescente conflito.
Quando o PT se aproximou do centro, num esforço de construir uma hegemonia política em que estivesse no topo e garantisse as condições para a chamada governabilidade, abrigou diferentes forças políticas que estavam órfãs, desde o processo de implementação da agenda neoliberal. Setores do nacional desenvolvimentismo brasileiro, incluindo forças reconhecidamente conservadoras, foram acolhidos no que ficou conhecido como lulismo.
Não são poucos os que criticam as alianças construídas pelo PT e sua operação política desde que subiu a rampa do Planalto. Algumas correntes de esquerda discutem severamente a aliança com alguns setores da burguesia nacional, inclusive a efetividade dos resultados desta coalizão de forças.
Ocorre que na política, muitas vezes as forças se acomodam onde encontram melhores espaços. Se estabelecem no terreno que parece ser mais fértil e que apresenta melhores condições. No espaço mais receptivo e com clima menos hostil.
Do mesmo modo, o PSDB foi empurrado para uma direita ideológica e intransigente. Ainda que os tucanos não sejam genuinamente uma força de direita, encontrou espaço e atalhos abrigando e sendo abrigado pelas correntes conservadoras.
A tentativa do PT de disputar espaço em setores da burguesia nacional pode ser considerada em parte frustrada. Se durante algum momento, Lula conseguiu costurar uma trégua para realizar importantes (e as possíveis) reformas sociais, esta não se mostrou uma aliança duradoura. Para a elite, a intercorrente relação com o PT é meramente funcional. Ainda que o setor produtivo tenha sido o mais beneficiado com a restauração da atividade econômica, parece não existir aderência destes setores para uma aliança com o atual governo. Ainda que seja em prejuízo de seus próprios interesses, hegemonicamente as elites jogam pesado para interromper o ciclo do PT no poder nacional.
É claro que estes setores da burguesia, como sempre fizeram, irão mobilizar as forças do Estado em favor de seus interesses. Seja com Dilma ou com Aécio. Porém, a cartilha rezada pelo PSDB prevê uma ortodoxia econômica que deve favorecer predominantemente o mercado financeiro. O corte de gastos públicos, investimento do Estado, o arroxo fiscal e o controle da inflação a partir da queda da atividade econômica, certamente provocará perdas em diferentes setores produtivos da economia.
Não é novidade que a nossa elite nacional é incapaz de se mobilizar em torno da construção de um projeto de desenvolvimento para o Brasil. Desde que eles continuem como ricos senhores e detentores de todos os privilégios sociais, pouco importa a decadência do país. Debaixo do sol não há nada novo.
O prestígio e os privilégios sedimentam a polarização entre conservadores e progressistas, não apenas entre PT e PSDB.
Muito mais do que questões como a corrupção, o crescimento econômico, a infraestrutura nacional, o que está em jogo é o desejo de restauração das velhas hierarquias. As transformações sociais causam ruídos, tormentos e transtornos. Muitos sentem-se inseguros. Nossa sociedade é vertical. A hierarquia social já faz parte da vida mental dos brasileiros. Muitos anseiam para que ocorra logo a acomodação das classes para que se saiba logo a quem servir o por quem deve ser servido.
E não se trata apenas de classes sociais e economia. Não foi só isso que mudou nos últimos anos. A nostalgia das velhas hierarquias está diretamente ligada ao culto do politicamente incorreto. Estão em jogo também questões ligadas aos direitos humanos como o combate à homofobia, a emancipação das mulheres, as políticas afirmativas para os negros, a ocupação social dos espaços públicos.
Alguns podem supor que no fundo os dois partidos representem o mesmo projeto, mas na prática não é assim que a banda toca.
Para vencer a eleição, o PT deve reafirmar sua aliança com os setores mais pobres e desfavorecidos da nossa sociedade. Defender a proteção das minorias perseguidas pelas maiorias. E não se trata de minoria em termos populacionais, mas daqueles que são sub-representados nas instituições.
Do mesmo modo, a vitória da direita autoriza e prestigia os setores mais conservadores e intransigentes.
Nos últimos anos, a direita raivosa tem sido o fator de mobilização e aglutinamento dos progressistas.
Para quem acompanha a história política recente, uma frase usada na campanha de eleição de Bill Clinton em 1992 por seu estrategista James Carville, se tornou um jargão conhecido e uma tese defendida por muitos. Para encontrar o ponto principal para vencer George Bush (pai), ele exclamou: “É a economia, estúpido!”.
No Brasil de 2014, podemos dizer que Não é a Economia, estúpido.
Ainda que o cenário econômico esteja repleto de incertezas, ele não é mais problemático do que em nenhum momento da história recente do Brasil. Embora o crescimento seja pequeno, não há nada que esteja em descontrole. O nível de emprego é um dos melhores de nossa história.
A questão da corrupção é repetida exaustivamente, mas ela é só a fachada para manifestar sentimentos inconfessáveis. O PT não inaugurou a corrupção no Brasil. Governos de todos os partidos recebem denúncias preocupantes, inclusive com escândalos nos governos tucanos em São Paulo e em Minas Gerais. Mas o que se vê é uma espécie de indignação seletiva.
Às velhas forças tradicionais ou por quem já está na ponta de cima da pirâmide, a corrupção parece ser mais tolerada. O que incomoda mesmo é a subversão hierárquica. É quem se sente subvertido pela “corja sindical” que dirige o país.
Outras questões que não estão ligadas diretamente à condução econômica são mais relevantes neste pleito. O caos urbano nas grandes cidades, o desgaste dos doze anos do PT no governo, os gargalos na infraestrutura nacional, a qualidade dos serviços públicos como saúde e educação, a percepção de felicidade, consumismo, o endividamento. Todos estes pontos merecem uma análise mais aprofundada.
No entanto, não existe nenhuma experiência administrativa do partido de oposição, nem em sua última passagem pelo Planalto, nem nos estados dirigidos pelos tucanos, que faça crer que receberíamos resultados melhores mudando o governo.
Não faltam motivos razoáveis para realizar críticas sérias aos últimos governos do PT. No entanto, o que se vê, são manifestações de repúdio pelo que ele fez de melhor, não de pior.
A escalada do conservadorismo ficou nítida no resultado das eleições parlamentares. Se antes para conquistar o voto do lumpen conservador era necessário prometer obras faraônicas inexequíveis, hoje a promessa passa a ser a restauração dos “valores”. É a “bolsonarização” da política. Gerou-se também uma escalada de intolerância, não somente no ambiente político, mas na vida social dos brasileiros.
A discussão não é mais somente sobre o papel do Estado como regulador das relações econômicas e na redistribuição das riquezas. A direita não se limita apenas a defender o livre mercado, um Estado menos intervencionista e a predominância da iniciativa privada. Para os conservadores, existe um “inimigo social” invisível. O que mobiliza corações e mentes conservadoras é a restauração das velhas hierarquias e privilégios.
As recentes transformações sociais, ainda que insuficientes para sanar as grandes injustiças históricas, provocaram arrepios e escândalo em quem estava acostumado a desfrutar uma posição de privilégio. Hoje, certos posicionamentos não podem mais se manter ocultos. Se antes um racista se escondia atrás do mito da democracia racial no Brasil, hoje ele não mais tolera ser coagido a controlar os seus impulsos preconceituosos. Quando os gays permaneciam escondidos e não ambicionavam gozar de igualdade de direitos civis, eles eram mais “tolerados”, porém quando eles “ousaram” ocupar os espaços públicos que pertenciam aos “pais de família”, donos das “casas grandes” espalhadas pelo Brasil, passou a existir choque e destempero. Quando os “formadores do opinião” decidiam as eleições, fingia-se a satisfação com a democracia representativa. Com a insubordinação dos pobres, nem a grande mídia controla mais o processo. A democracia se tornou um inconveniente. Pipocam nas redes sociais defesas da ditadura militar e da tortura. Quando a mulher apanhava e aceitava de bom grado as pancadas, a família estava em “primeiro lugar”, já a Lei Maria da Penha ameaça subverter o poder do chefe patriarcal.
A mobilidade social, primeiramente gera um sentimento de euforia. Logo depois, ocasiona um desejo de preservação do status adquirido. A mesma classe média que foi gerada nos governos de Getúlio Vargas, em parte apoiou o golpe militar em 1964. A “nova classe C” é potencialmente conservadora e reacionária. Sua inserção social se deu via consumo. O número de evangélicos é majoritário. A memória de pobreza gera arrepios e precisa ser apagada, nem que seja através de uma aliança com os mais ricos.
Não que existam mais conservadores do que antes. Ocorre que eles foram obrigados a “sair do armário”. Eles sempre estiveram aqui. Os progressistas sim, estiveram por muito tempo desnecessariamente espalhados.
A polarização e o conflito de forças podem causar temores. Mas, talvez, tenhamos perdido um imenso tempo histórico em conciliações mentirosas.
A escalada do conservadorismo se reflete também numa escalada da intolerância. Devemos sim perseguir a paz e o bem comum, mas que isso não dependa da submissão, do conformismo, do cabresto e do retrocesso.
O respeito deve mútuo. Todos devem entender que também podem ser contrariados. Não seremos uma sociedade melhor com uma trégua social alcançada pela força, com opressores e submissos.
acha que existem pontos em comum com o crescimento do conservadores na europa ou são fenômenos totalmente distintos?
ResponderExcluirXará, acho que tem a ver sim. Existe uma desorganização no discurso conservador no mundo. Durante os últimos anos os conservadores combateram o comunismo e trabalharam para exportar os preceitos do livre mercado. O comunismo não é mais ameaça a mais de 30 anos. E o livre mercado sofreu fortes controvérsias depois da crise mundial de 2008. Sem uma agenda a ser "exportada" foram liberados os sentimentos mais torpes é preconceituosos que dependem menos de coerência. Um abraço
ExcluirRealmente, um excelente texto.
ResponderExcluirA junção de interesses nas manifestações do ano passado, e esse calor que vemos nas mídias sociais nessa eleição mostra um povo ansioso.Porque?
ResponderExcluirNão temos um fenomeno alem do "sair do armário "? Vemos pessoas mudando de opinião o tempo todo , brigas severas entre amigos....etc.
Ótimo texto! Parabéns. E bem atual.
ResponderExcluir