A acusação de que Lula esteja pressionando o impoluto Ministro
do STF Gilmar Mendes para interferir no cronograma do julgamento do mensalão,
expõe dois interesses principais que são agora vendidos para a opinião pública.
O primeiro interesse é requentar o chamado escândalo do
mensalão. Criar um ambiente político que obrigue a justiça a condenar os réus, sob
o risco de abalar a credibilidade das instituições brasileiras.
O desejo de justiça está longe de ser o principal interesse
da imprensa.
A oposição está esfacelada. Sem um projeto nacional alternativo
e afogada nas águas sujas do Cachoeira.
O discurso moralista, adotado nos anos de Lula na presidência, tornou-se
incompatível com as peripécias dos DEMóstenes espalhados pelo Congresso.
Daí vem o segundo grande interesse da imprensa. Vender a
imagem de que o governo estaria destruindo a oposição, colocando nossa
democracia em risco.
Como se o governo estivesse interferindo nas instituições
nacionais e rendendo seus opositores
A CPI do Cachoeira está sendo tratada como uma tentativa de
destruir a oposição neste país.
A descoberta das promíscuas relações entre Carlinhos
Cachoeira e a Revista Veja também são consideradas como atentados contra a
liberdade de expressão.
Deveríamos então fechar os olhos para estes verdadeiros atentados
contra a república para preservar o “equilíbrio de poder” na representação
política brasileira?
É evidente que não.
Até porque a oposição não está derretendo por culpa do
governo.
A verdade é que projeto político conservador deixou de
oferecer alternativas para o Brasil.
O PSDB chegou ao poder para cumprir uma agenda externa. Implantar
o projeto neoliberal no Brasil, o que significava subordinar nossas forças produtivas
aos mercados internacionais especulativos das economias dos países do centro.
Historicamente, as forças políticas conservadoras no Brasil,
internalizaram as demandas estrangeiras, hora combatendo o comunismo, hora
defendendo o livre mercado.
O medo do comunismo caiu com o Muro de Berlin.
E o neoliberalismo deixou se significar uma alternativa para
o mundo, imediatamente após a crise de 2008.
Este país fez uma opção clara pelo desenvolvimento com
justiça social.
O governo Dilma finalmente consegue superar alguns
interesses poderosos. Depois de mais de uma década, o país enfrenta os bancos e
reduz os juros.
A oposição no Brasil está sem agenda. Sem projeto. E fica
difícil fazer política só com teatro.
Parte dos políticos conservadores, simplesmente não pôde
viver sem os benefícios do poder. Portanto, não conseguiram passar muito tempo
na oposição. Alguns foram excluídos do processo político eleitoral. Outros,
mais sagazes, aderiram às fileiras governistas.
Nem o governo Dilma, nem o governo Lula interferiram no
funcionamento de nenhuma instituição nacional.
A imprensa tem liberdade total. Ninguém foi censurado. As
empresas estão aí funcionando livremente, inclusive para conspirar.
Nunca antes na história deste país o judiciário teve tanta
independência. Inclusive, durante o governo Lula, a interferência do Poder Judiciário
no processo político eleitoral passou a ser tema de grande debate nacional.
Ao contrário do que fez FHC, o presidente Lula não modificou
a constituição para tornar possível mais um mandato como presidente, ainda que
tivesse condições políticas e popularidade de sobra para fazê-lo.
Por que então vender a ideia de que o governo estaria
destruindo a oposição e interferindo nas instituições brasileiras?
Este comportamento da velha imprensa revela na verdade seu
descontentamento com a democracia.
Os principais órgãos de imprensa deste país foram gestados
durante a ditadura militar brasileira.
Tinham relações promíscuas com o regime.
Durante o governo FHC, articularam para minar as
resistências da opinião pública e garantir as privatizações à toque de caixa.
A chegada ao processo político eleitoral da grande massa de
trabalhadores brasileiros que estavam entregues à miséria e subordinados aos
chamados “formadores de opinião” mudou o panorama político brasileiro.
A verdade é que esta imprensa velhaca queria mesmo é
conspirar contra o governo Dilma. Defender os interesses de seus patrões
banqueiros e desestabilizar a política.
Mas com oposição desarticulada e com aprovação de 80% do
governo Dilma, resta agora chorar pelas regras do jogo e lamentar a democracia.
Além de cobrar exílio do presidente Lula.
Impedir que ele faça política.
Continua excelente, amigo!
ResponderExcluirUm abraço!
muito bom
ResponderExcluirParabéns pelo post. Análise perfeita e muito lúcida.
ResponderExcluirPoxa Corinthians ...vc só fala merda de política ,nem parece que estudou ....exilar o Lula?!(
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