-Abril de 2016
Os Gaviões da Fiel
inauguram o modo de operação da repressão pós Golpe de 16.
Dão uma amostra grátis do que ocorrerá com as organizações coletivas que se tornarem um incômodo aos quartéis juridicistas institucioneiros corporativos burocráticos e políticos.
E não me venham com a apelação midiática com o discurso desbotado da questão das violências entre as torcidas. Na verdade, o futebol absorve uma violência que já está na sociedade. Melhor, dá um sentido lúdico e domestica muitos conflitos que outrora se resolviam em batalhas muito mais sangrentas e em conflitos entre diferentes grupos sociais, nações, etc.
O futebol diminui a violência e é também vítima dela.
Se em São Paulo, os poderosos estivessem realmente preocupados com a questão da violência urbana entre os jovens das periferias, combateriam os grupos de extermínio que atuam nos bairros pobres, provocando holocaustos cotidianos, como nas chacinas pra lá de suspeitas, que dão até medo de continuar esse texto. Enfrentariam o extermínio da população negra que ocorre sob o silêncio sorridente de São Paulo.
Não é preciso ser um gênio das interpretações para perceber que os Gaviões tornaram-se mais insuportáveis ao establishment do Tucanistão quando colocaram os dedos na ferida. Quando denunciaram a máfia da merenda que agora condena as crianças pobres do estado a passarem fome nas escolas (isso sim é violência), quando enfrentaram firmemente o Presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo e por consequência o Sr. Governador e pior, ofenderam a toda poderosa Matrix Rede Globo que é dona do Futebol, do Carnaval, dos Jornais, dos políticos, bem como de todas outras coisas do Brasil.
Os Gaviões certamente pagam o preço pelos corinthianos que marcharam juntos nas manifestações contra o Golpe de Estado que está agora em fase de conclusão. Embora nenhuma instituição - nem Corinthians nem Gaviões - tenham assumido posição sobre o atual momento, muitos torcedores que reconhecem o viés popular e inclusivo do Corinthians, foram às manifestações com a camisa alvinegra, que funcionava como uma espécie de resposta intuitiva e antídoto contra aquela camisa amarela insossa da seleção do sete à um.
Antes de a campanha pela anistia despontar com força pelo Brasil, no inicio de 1979, os Gaviões ergueram uma faixa, em plena ditadura militar, pedindo Anistia Ampla Geral e Irrestrita. Foram o estopim daquela campanha.
Antes mesmo das campanhas pelas Diretas Já, um grupo de jogadores do Corinthians, liderado por um gênio chamado Sócrates Brasileiro, fundaram a Democracia Corinthiana, o que foi pedagógico para que a sociedade percebesse o valor da liberdade e da democracia. Melhor, o Corinthians foi um time campeão com a democracia. Assim como o nosso país melhorou muito depois da abertura democrática.
Dessa vez, somos de maneira triste, novamente pioneiros. A Gaviões é o primeiro movimento social a ser colocado na ilegalidade, algo que, estejam certos, ocorrerá à rodo, caso o Golpe de 16 se concretize.
Os poderosos se apavoram com o potencial que o futebol dispõe de comunicação com a sociedade.
A repressão contra os Gaviões será pedagógica para cada jovem torcedor passe a perceber como se comporta a mídia manipuladora e quais são as armas de repressão política travestidas de atuação jurídica e de combate ao crime.
Tanto tempo se passou e eles não sabem o que é ser Gavião. Que bobos!
A Gaviões não acabou nem jamais acabará.
A Gaviões já nasceu perseguida. Muitos Gaviões já nasceram sabendo o que é ser perseguido.
Não têm medo de serem clandestinos porque conhecem muito bem o que é a exclusão social e a informalidade.
Não estranham a repressão do Estado porque quem vive nos bairros pobres de São Paulo conhece muito bem o que é o esculacho cotidiano.
Não vão calar os Gaviões porque a torcida do Corinthians não vive em uma sede. Nosso espaço não é físico. O Corinthians antes de tudo é uma idéia. A maneira como o povo se projeta no mundo em que ele vive. É a interpretação da realidade. É o instrumento para vencer a opressão e a exclusão. É o canal por onde se pode ter voz. Este clube foi fundado para que possamos dar um sentido ao desejo do povo trabalhador em vencer os poderosos. Foi assim desde sempre. Desde que o Corinthians nasceu, estão tentando fechar o Corinthians.
O Corinthians é metafísico.
Vocês não entenderam nada.
Sairemos mais fortes. Agora é que o povo sente mais gosto pela luta.
Aqui é Corinthians!
Salve Gaviões da Fiel.
Dão uma amostra grátis do que ocorrerá com as organizações coletivas que se tornarem um incômodo aos quartéis juridicistas institucioneiros corporativos burocráticos e políticos.
E não me venham com a apelação midiática com o discurso desbotado da questão das violências entre as torcidas. Na verdade, o futebol absorve uma violência que já está na sociedade. Melhor, dá um sentido lúdico e domestica muitos conflitos que outrora se resolviam em batalhas muito mais sangrentas e em conflitos entre diferentes grupos sociais, nações, etc.
O futebol diminui a violência e é também vítima dela.
Se em São Paulo, os poderosos estivessem realmente preocupados com a questão da violência urbana entre os jovens das periferias, combateriam os grupos de extermínio que atuam nos bairros pobres, provocando holocaustos cotidianos, como nas chacinas pra lá de suspeitas, que dão até medo de continuar esse texto. Enfrentariam o extermínio da população negra que ocorre sob o silêncio sorridente de São Paulo.
Não é preciso ser um gênio das interpretações para perceber que os Gaviões tornaram-se mais insuportáveis ao establishment do Tucanistão quando colocaram os dedos na ferida. Quando denunciaram a máfia da merenda que agora condena as crianças pobres do estado a passarem fome nas escolas (isso sim é violência), quando enfrentaram firmemente o Presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo e por consequência o Sr. Governador e pior, ofenderam a toda poderosa Matrix Rede Globo que é dona do Futebol, do Carnaval, dos Jornais, dos políticos, bem como de todas outras coisas do Brasil.
Os Gaviões certamente pagam o preço pelos corinthianos que marcharam juntos nas manifestações contra o Golpe de Estado que está agora em fase de conclusão. Embora nenhuma instituição - nem Corinthians nem Gaviões - tenham assumido posição sobre o atual momento, muitos torcedores que reconhecem o viés popular e inclusivo do Corinthians, foram às manifestações com a camisa alvinegra, que funcionava como uma espécie de resposta intuitiva e antídoto contra aquela camisa amarela insossa da seleção do sete à um.
Antes de a campanha pela anistia despontar com força pelo Brasil, no inicio de 1979, os Gaviões ergueram uma faixa, em plena ditadura militar, pedindo Anistia Ampla Geral e Irrestrita. Foram o estopim daquela campanha.
Antes mesmo das campanhas pelas Diretas Já, um grupo de jogadores do Corinthians, liderado por um gênio chamado Sócrates Brasileiro, fundaram a Democracia Corinthiana, o que foi pedagógico para que a sociedade percebesse o valor da liberdade e da democracia. Melhor, o Corinthians foi um time campeão com a democracia. Assim como o nosso país melhorou muito depois da abertura democrática.
Dessa vez, somos de maneira triste, novamente pioneiros. A Gaviões é o primeiro movimento social a ser colocado na ilegalidade, algo que, estejam certos, ocorrerá à rodo, caso o Golpe de 16 se concretize.
Os poderosos se apavoram com o potencial que o futebol dispõe de comunicação com a sociedade.
A repressão contra os Gaviões será pedagógica para cada jovem torcedor passe a perceber como se comporta a mídia manipuladora e quais são as armas de repressão política travestidas de atuação jurídica e de combate ao crime.
Tanto tempo se passou e eles não sabem o que é ser Gavião. Que bobos!
A Gaviões não acabou nem jamais acabará.
A Gaviões já nasceu perseguida. Muitos Gaviões já nasceram sabendo o que é ser perseguido.
Não têm medo de serem clandestinos porque conhecem muito bem o que é a exclusão social e a informalidade.
Não estranham a repressão do Estado porque quem vive nos bairros pobres de São Paulo conhece muito bem o que é o esculacho cotidiano.
Não vão calar os Gaviões porque a torcida do Corinthians não vive em uma sede. Nosso espaço não é físico. O Corinthians antes de tudo é uma idéia. A maneira como o povo se projeta no mundo em que ele vive. É a interpretação da realidade. É o instrumento para vencer a opressão e a exclusão. É o canal por onde se pode ter voz. Este clube foi fundado para que possamos dar um sentido ao desejo do povo trabalhador em vencer os poderosos. Foi assim desde sempre. Desde que o Corinthians nasceu, estão tentando fechar o Corinthians.
O Corinthians é metafísico.
Vocês não entenderam nada.
Sairemos mais fortes. Agora é que o povo sente mais gosto pela luta.
Aqui é Corinthians!
Salve Gaviões da Fiel.
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