sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Xenofobia Seletiva





Engraçado, até outro dia os brasileiros eram barrados com acesso restrito aos países europeus.

Agora, presidentes como o francês François Hollande nos visitam para assinar tratados de cooperação nos "autorizando" a viajar por mais tempo, estudar e trabalhar na França.

Os brasileiros ficam todos alegres e orgulhosos por finalmente serem reconhecidos por gente tão chique.

Acontece que com isso os Franceses também podem exportar seu excedente de desempregados bem preparados para competir em diversos setores econômicos aqui do Brasil. Sim! Colocando em risco o "seu" emprego.

Seria curioso se, igual ocorre na França, tivéssemos aqui lideres e movimentos xenofóbicos que exigissem a expulsão dos imigrantes que aqui estão para se beneficiar da nossa pujança econômica e concorrer no mercado de trabalho.

Mas fiquem todos tranqüilos. A xenofobia dos brasileiros é absolutamente seletiva.

Franceses, espanhóis, ingleses, portugueses, alemães e demais povos brancos fiquem a vontade para concorrer.

Aliás, seria uma "honra" perder seu emprego para um europeu ocidental.









Problema mesmo são os médicos cubanos. Esses sim devem ser varridos do mapa. Doutores com cara de pedreiro e empregada domestica, como disseram certa vez.

Brasileiros, o presidente Francês nos trouxe as boas novas. Agora fomos aceitos. Em troca também poderemos viajar por mais tempo para a França, gastar milhões de euros nas suas lojas, salvar a economia deles e de quebra tentar descolar um bico em alguma lanchonete barata. Mas isso seria mais difícil, porque eles estão cheio daquelas coisas de "pais subdesenvolvido": sindicato forte e políticas protecionistas

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A Hipocrisia dos Presidentes dos Países Ricos no Funeral de Mandela

Agora os lideres mundiais se travestem de bons meninos. 

Mas se fossem minimamente honestos, a maioria deles deveria pedir perdão de joelhos pelo apoio ao Apartheid.

A musa inspiradora dos neoliberais Margareth Tchatcher dizia que Nelson Mandela era um terrorista. Reagan fazia coro.

Estados europeus patrocinavam o regime de separação. Aliás, os europeus deveriam gritar em alto e bom som que pedem desculpas pelos séculos de escravidão dos negros. Também pela exploração imperialista que desgraça as nações do continente africano. 

Os lideres dos países ricos que queiram homenagear efetivamente Mandela, deveriam deixar de gastar os trilhões de dólares para salvar banqueiros e especuladores e fazer um esforço conjunto para acabar com a fome. Deveriam quebrar as patentes de seus laboratórios para tratar com dignidade os doentes de AIDS na África.

Agora eles homenageiam Mandela. Mas homenageiam pelos motivos que são mais convenientes para eles. Aplaudem Mandela por ter sido conciliador e não ter colocado - como poderia - toda a corja racista no paredão ou na guilhotina. Aplaudem Mandela justamente porque esta elite MORRE DE MEDO DO POVO. Porque sabem que as populações pobres do mundo podem sim tomar o poder e este é o pesadelo de todo escravocrata e imperialista.

Mandela agiu com absoluta inteligência política diante das circunstancias que estavam impostas. Não foi cretino como seus algozes. As homenagens que ele recebe de seu povo certamente são muito mais sincera do que a cara de pau de alguns Chefes de Estados "libertários"

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Porque eu conto os dias para a Copa do Mundo.



Estou ansioso para ver a Copa do Mundo.

Feliz da vida em assistir pela primeira vez (e talvez a última) um mundial no meu país. Receber meus amigos estrangeiros na minha casa.

Amigos que conheci nas lindas viagens que a vida me permitiu.
Receber bem e com educação os turistas.Da mesma forma que os brasileiros são recebidos quando viajam.

Amo futebol como poucas coisas na vida. Vai ser muito legal. Vou farrear com a galera de todas as culturas pelas ruas e na medida do possível levá-los em locais bacanas.

Meu país é bom e gostoso pra car**ho. E não dou menor bola pros moralistas de plantão que fingem preocupação com a probidade enquanto as grandes injustiças devastadoras passam batido causando indiferença.

Passo longe daqueles que sentem vergonha das nossas favelas, mas não querem acabar com a pobreza e exigem que os pobres permaneçam como escravos.

Os ressentidos que não podem esconder tanta "sujeira" debaixo do tapete.

Em geral esse discurso de que o futebol, a copa, o samba e o carnaval alienam o povo é coisa de reacionário frustrado.

A alegria do carnaval, a poesia do samba, a sexualidade da nossa dança, a criatividade do nosso futebol, são todas faces da resistência de um povo insubordinado aos seus colonizadores.

As castas mais ricas da nossa sociedade não produzem nada. Não criam nada. Não tem cultura. E vivem ressentidas e morrendo de vergonha de não terem nascido na Europa ou nos Estados Unidos.

A potência criativa do Brasil vem do povão.

Depois a indústria cultural e os interesses corporativos arrumam um jeito de incorporar e corromper as expressões mais ricas da nossa gente. Transformam e corrompem tudo em algum produto vulgar e revendem com alguma etiqueta de grife.

Mas ninguém vai roubar nosso sorriso. Ninguém vai tirar o meu tesão em curtir demais a Copa do Mundo.
Ainda que eu não consiga ingresso para nenhum jogo, eu vou ficar na praça, na rua, no boteco, na praia.
Conhecendo gente do mundo todo. Tomando meus porres. E curtindo esse grande momento, que vai ser muito legal.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Mandela foi muito mais que um líder pacifista. Foi um revolucionário para seu povo. Para os escravocratas um terrorista


Nelson Mandela é um dos homens mais importantes da nossa história.

Um líder com imensas qualidades pessoais e políticas que certamente foi decisivo nas transformações históricas de seu tempo.

Venceu inimigos terríveis que fizeram de tudo para destruí-lo.

As forças opressivas, racistas e escravocratas não puderam apagar sua figura e sua importância para o povo negro da África do Sul. Ainda que tenham trancado Mandela numa cadeia por 30 anos.

Também não puderam impedir que Mandela liderasse, ainda que encarcerado, a luta pelo fim do apartheid.

Mandela foi eleito presidente da África do Sul, ainda que as malignas forças do imperialismo esperassem o fracasso de seu governo e apostassem numa guerra civil que deixasse o país destruído e que "comprovasse" a incapacidade do povo negro dirigir o seu próprio país.

Mandela liderou um governo de conciliação e unificação nacional. Com a força de sua figura, apostou no futuro da África do Sul e colocou o país na rota do desenvolvimento, posicionando sua nação no cenário mundial entre os países emergentes, com infinitas possibilidades para o futuro.

Não usou o mesmo expediente do ódio para se vingar de seus opressores. Governou com a cabeça. Com imensa inteligência política, espírito público, grandeza, autoridade e sabedoria.

Na impossibilidade de derrotar Nelson Mandela durante o último século, a elite internacional tenta desqualificá-lo, transformando-o num singelo líder pacifista, com contornos de guru espiritual.

A verdade é que Mandela foi muito mais que isso.

Mandela lutou sim pela paz e pela justiça, mas como um verdadeiro revolucionário, capaz de enfrentar com coragem e audácia as forças opressoras.

Os mesmos que aplaudem cinicamente a força de Mandela são aqueles que o colocaram na cadeia. Que bradavam na televisão dizendo que Mandela seria um terrorista.

Sim. Os mesmos que tratam Mandela como um pacifista, acusaram este grande líder como terrorista.

A grandeza de Mandela ao chegar ao poder e as necessidades e desafios que estavam postos naquela ocasião, não podem esconder a derrota que os imperialistas sofreram na África do Sul que não foi de outra forma, senão pela força do povo negro Sul Africano.

Claro que a elite procura desencorajar os lideres populares a buscarem justiça e reparação. A burguesia pode não temer a Deus, mas certamente teme a guilhotina.

Neste cenário, os conciliadores são festejados a cada momento.

Imediatamente depois de escravizar, de roubar, de mentir e de extorquir, o que os poderosos mais clamam é pela "unidade" e congregação.

Fazem de tudo para que Mandela converta sua biografia vitoriosa num líder ingênuo que oferecia invariavelmente a outra face.

E tudo que os escravocratas do mundo mais temem é a força que emana do povo. A capacidade que tem as populações de derrotarem qualquer inimigo, por maior que eles sejam.