quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Fidel Castro vence em vida a guerra contra os Estados Unidos.


A maioria das pessoas avalia a política e o resultado dos governos como se somente um lado estivesse jogando. É como se em uma partida de futebol houvesse apenas um time em campo.
Em geral, os governos tem seus resultados avaliados apenas pela soma de seus acertos e seus erros.
Poucos consideram o fator INIMIGO. 
Que tem muita gente jogando contra. Que existem ameaças, chantagens e conspirações.
Governar é quase sempre um "cabo de guerra". As vezes se está com a vantagem e outras prestes a ser derrubado. Muitas vezes se ganha pela resistência. Ocorre que é muito difícil jogar esse jogo sem sujar e cortar as próprias mãos que inevitavelmente ficam cheias de feridas.
Isso serve para o Brasil, EUA, Rússia, China, Índia. Qualquer governo.

Cuba resistiu o quanto pode. Foram heróis. Suportaram as mais terríveis privações e foram ameaçados dia após dia na última metade de século. Jamais curvaram a espinha. Mantiveram sempre o pescoço em riste e o olhar para o futuro. 
Educaram seus filhos. Mais do que qualquer outra vitória, fizeram uma revolução humana.
Hoje, Fidel Castro e seu irmão venceram a guerra!
Ninguém sabe o que vai acontecer no futuro. Nenhum governo dura para sempre. Cuba é caótica em muitos aspectos e sofre grandes carências por conta do embargo. 
Sim, sua população está louca para comprar xampus, condicionadores, calça jeans, PlayStation entre tantas mercadorias tão comuns no cotidiano da vida moderna.
A história não para. Cuba terá muitos outros governos ao longo dos anos. Mas ninguém pode roubar aquilo que você aprendeu. Ninguém pode tirar de você as suas experiências. O aprendizado histórico e o conhecimento são mais valiosos do que qualquer bem de consumo perecível. 
Ninguém pode prever o futuro. Mas é possível dizer que esta guerra contra os ianques o povo Cubano superou.
Fidel fez suas escolhas. Certa vez ele disse: "Digam o que digam. Falem o que falem. Condenem-me. A HISTÓRIA ME ABSOLVERÁ!
Queiram vocês ou não. O Comandante venceu a guerra pela qual dedicou a sua vida. Certamente quando ele deixar este mundo poderá dizer: "agora é com vocês".
Os EUA perderam mais uma guerra.
Tudo o que eles fizeram contra Cuba nos últimos cinquenta anos, fica agora evidente que não deu certo. Obama acaba de reconhecer isso.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Eu mereço uma mulher rodada



Eu quero uma mulher rodada.
Uma mulher que seja dona de si e que esteja livre de censuras e preconceitos.
Prefiro manter distância das recalcadas. Das mulheres ameaçadas pela felicidade alheia que ela mesma não tem coragem de desfrutar.
Prefiro uma mulher rodada.
Aquela que sussurre deliciosas indecências no meu ouvido.
A mulher que me conte seus segredos mais picantes. Suas aventuras e desventuras. Seus tombos e seus gozos. Sua magia e seus temores.
Não me interessam as santas.
Não aprecio as santas por vocação, imaginem só as santas do pau oco?
Prefiro as pervertidas, as mundanas, as vadias.
Essas mulheres têm a saliva gostosa.
A voz serena e tranqüila de quem vive a vida bem vivida.
A melodia de quem não guarda tantas frustrações, amarguras nem armaduras.
Não são azedas. Seus fígados são desopilados.
Escolho uma mulher que coloque logo as cartas na mesa.
Melhor do que aquelas que mostram o jogo aos poucos. Que blefam.
Que dissimulam, que te sorriem com candura e depois colocam duas dúzias de capatazes de beca para te ameaçar.
Quero uma mulher que não construa um castelo de cartas cheio de aparências tolas.
Com franjas bem cortadas. Sorrisos rigorosamente calculados. Atitudes comedidas. Contratos com letras miúdas.
Quero uma mulher rodada.
Uma mulher que eu não precise chamar de "minha". Uma mulher que não aceite pertencer a ninguém.
Que vista aquela camiseta escrita "quem comeu comeu".
Uma mulher que se garanta.
Que eu beije na boca com carinho nos lugares da vida. Ainda que ela tenha "rodado" por mil homens.
Que os cegos funcionais subitamente se deem conta de que não conseguiram reconhecer a arte onde ela existia. Onde tudo parecia paisagem cotidiana.
Quero uma mulher rodada que não sinta vergonha de seu corpo.
Uma mulher que se arreganhe. Que não sorria meios sorrisos.
Que não se perca em nojinhos descabidos.
Não preciso de uma mulher pra casar.
Quero uma mulher para amar.
Uma mulher que me faça perder o fôlego.
Que me cure de qualquer arritmia cardíaca.
Que me exercite.
Que cure as minhas feridas.
Que me tire o medo de amar.
Uma mulher que não controle minhas gargalhadas.
Que não mexa no meu celular. Que respeite as minhas gavetas.
Que não me impeça de sorrir.
Que me deixe ser simpático e carinhoso com minhas amigas.
E que ela tenha tantos quantos amigos lhe couberem no coração.
Quero uma mulher rodada que me mate de paixão.
Melhor do que uma mulher que me mate de tédio. De tristeza.
Quero uma mulher flexível. Odeio as mulheres rigorosas.
Quero uma mulher rodada que me deixe calmo. Melhor do que uma mulher que me acelere.
Quero uma comédia romântica. Não quero mais um drama.
Quero uma mulher que transpire verdade. Que sue de tanto amor.
Melhor do que uma mulher asséptica, perfumada de tanta mentira.
Quero dividir balcões de bares. Filmes de sacanagem. Os melhores amigos.
Não quero dividir crises de ciúmes. Não quero alguém que puxe o extrato para saber se mais se doou ou se mais recebeu.
Quero dividir um bom vinho. Uma calorosa cachaça. O mesmo sabonete. O pen drive de músicas.
Não quero dividir regulamentos, certezas, valores. Não quero ninguém que diga o que é "o certo".
Alguém que respeite os amores insanos.
Que valorize a liberdade.
Uma mulher rodada.
Que não tenha medo da vida.
Que não sinta medo de amar.
Uma mulher que tenha elegância na vulgaridade.
Muito melhor do que ter vulgaridade na elegância.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Bolsonaro e Bolsonaros




Bolsonaro não exagerou, nem passou dos limites, nem errou, nem nada.
Ele cometeu o velho crime desejado e esperado por seu eleitorado. Foi o mesmo show de sempre.
Um político demagogo e oportunista como ele, jamais falaria algo que não tivesse aderência em seu "mercado eleitoral".
Bolsonaro sente-se autorizado e encorajado por outros tantos estúpidos que andam por aí nos submetendo a sua verborragia cotidiana.
Nos táxis, nas esquinas, nos bares, nas universidades, nas baladas e até mesmo nas igrejas.
O mais deprimente, é que estas não são palavras de um louco qualquer. É a externalização de um sentimento violento que habita no conjunto da nossa sociedade.
Como se as mulheres fossem divididas entre aquelas que merecem ou não merecem ser estupradas.
Pior, seria o estupro um "benefício" ou prerrogativa das mulheres sexualmente desejáveis, estando as "feias" desobrigadas da preocupação com sua integridade.
Seria o estupro um "elogio". A manifestação do reconhecimento masculino aos atributos físicos femininos e aos estímulos provocados por ela, intencionalmente ou não.
Falas como a de Bolsonaro, oprimem, degradam e humilham as mulheres. E retrocedem o homem ao seu "estado de natureza", violento, impetuoso e irracional.
A direita brasileira impede que avancemos como sociedade. Obriga que o Brasil permaneça no atraso. Que a gente retroceda e seja obrigado a defender posições fundamentais que deveriam estar liquidadas há anos. Somos impedidos de discutir o futuro porque ainda estamos fechando as contas com o passado.
Os eleitores da família Bolsonaro devem estar orgulhosos de seu voto. Taí um político que não decepciona seu eleitorado. Que entrega justamente o pacote que prometeu. Que não muda de cara depois da eleição.
As vezes dá a impressão que ainda estamos na Idade Média. Inquisidores andam soltos por aí. Obscurantistas interditam o debate. Logo mais nos depararemos com fogueiras santas e mulheres queimadas como bruxas.
Aliás, as fogueiras continuam por aí. Só não vê quem não quer. E tem muita gente sendo queimada viva.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O Coxinha e o esforço de pertencimento



Ser "coxinha" vai muito além das preferências políticas.
É uma espécie de busca permanente pelo senso comum. Uma procura incansável pelo comportamento convencional.
Daí, nada mais natural que as posições políticas estejam orientadas pelas opiniões fáceis, sem os esforços cansativos da profundidade.
A verdade é que o coxinha não depende e nem se importa tanto com a política para existir. Ela só é mais uma faceta desagradável de sua personalidade, composta pelo esforço de pertencimento.
Sim, o coxinha deseja aceitação. Estar em consonância com seus pares. Reproduzir um comportamento que não lhe cobre os altos custos das críticas e contradições.
O coxinha quer sempre parecer com o grupo hegemônico.
Todos deveriam ter o "cabelo bom". Os que não tem o tal "cabelo bom" que comprovaria uma herança genética não africana, sofrem muito com isso.
Os rapazes coxinhas quando não podem fazer aquele penteado do namorado da Barbie, simplesmente raspam a cabeça. As meninas sofrem muito mais. Precisam torturar seus lindos cabelos com aquela chapinha violenta e agressiva.
Fiz esta brincadeira com o cabelo do coxinha, mas poderíamos na verdade escrever um almanaque, com a vestimenta, a construção corporal e as frases feitas.
O que eu quero dizer é que o coxinha vive apavorado. Com medo permanente de ser abandonado e excluído, por isso jamais fará alguma coisa que contrarie o senso comum e isso inclui a política.
Ocorre que o Brasil odeia a igualdade, mas também detesta as diferenças.
A vida pode ser terrível para os ousados. Para além da experiência cosmopolita das grandes cidades mais acostumadas com a diversidade, o comportamento destoante pode significar a morte social.
Antes que alguns se aborreçam comigo, não quero dizer que as pessoas devam estar obrigadas a adotar um comportamento estético marcado por uma personalidade extravagante. As pessoas devem ser como elas são e viver em harmonia consigo mesmas. Ninguém é melhor do que ninguém.
Mas não dá para falar de comportamento sem irritar uns e outros. É inevitável.
Não creio que as pessoas devam sentir bronca dos coxinhas. Muito embora alguns deles estejam muito agressivos ultimamente.
Nossa sociedade está marcada com desprezo pelo outro, em suas experiências e motivações.
No fundo o coxinha está sofrendo. É um flagelado, pois seu esforço de pertencimento e sua "luta", tão caros para ele, estão ameaçados pelo triunfo das minorias.
E o terreno da diversidade é desesperador. Um habitat em que ele simplesmente não sabe viver.

Os nossos "europeus" são mais criativos que os europeus dos outros



Engraçado. Tem uma parte da sociedade que adora imitar os europeus, mas faz isso sempre do jeito errado. Alguns tem até sobrenome europeu, mas a admiração pelo velho (e belíssimo) continente parece estar restrita à cor da pele de seus habitantes. 
Querem ser europeus, mas por estes tristes trópicos não querem a social democracia européia, os programas sociais europeus, o transporte público europeu, a justiça social européia, a reforma agrária européia, o protecionismo europeu, a polícia desarmada européia, a regulação de mídia européia, a distribuição de renda européia, etc.
Até na hora de combater este governo supostamente "bolivariano", comportam-se muito mais como coronéis, feitores e capatazes escravocratas do que como o "europeu médio civilizado".
A novidade é o protesto em defesa do Superávit Primário! (pasmem)
Este protesto é uma "foto histórica" que os estudiosos devem guardar para a posteridade. Daqui duzentos anos será uma divertidíssima curiosidade.
Nem vou entrar no mérito de tudo o que envolve a questão do superávit primário, pois entraremos em outra seara de discussão, posto que alguns defendem cegamente o controle de gastos do governo e a transparência orçamentária para manter o Brasil como uma "economia de mercado", com todos os supostos e discutíveis benefícios que isso pode nos trazer.
Que os banqueiros e grandes rentistas fazem lobby e financiam a imprensa em defesa da "austeridade fiscal" é notícia velha. Mas ver justamente "o povo" protestando por controle orçamentário e corte de investimentos é no mínimo curioso. Na contramão de tudo o que se vê hoje mundo afora.
Principalmente na Europa, onde a galera ocupa as ruas dos principais países contra as "metas de austeridade" e a fortuna paga pelo Estado aos banqueiros e especuladores, às custas do flagelo social.
Lembro que havia um comercial de televisão que dizia: "Os nossos japoneses são mais criativos do que os japoneses dos outros"
Será que os nossos "europeus" também são mais criativos do que os europeus dos outros?
Ou estão um pouco tontos e desnorteados no processo histórico. Pra variar...

Os negros do mundo

Em alguns países orientais, as pessoas ao irem à praia se protegem da melhor forma possível dos raios solares.
Para além da saúde e dos cuidados com a pele, muitos querem evitar um "desagradável" bronzeado, algo considerado feio ou depreciativo em algumas culturas.
Mochileiro, curioso e observador que eu sou, conversei com algumas pessoas para ouvir o porquê de a pele escura ser indesejável nestes países que não tem a presença africana tão marcante, como em nossa sociedade.
A resposta mais recorrente foi a seguinte: a pele escura ou bronzeada é característica particular dos camponeses e demais trabalhadores agrícolas que passaram a vida expostos ao sol. Muitos querem evitar a semelhança física com aqueles que estariam em um "estamento inferior" da sociedade.
Certa vez quis fazer um elogio a uma chilena, dizendo que ela parecia uma indiazinha. Foi uma fria. Ela ficou magoada e ofendida. Tentei explicar que na verdade estava encantado com sua beleza física, mas não adiantou.
No Brasil, vejo muitas pessoas que se dizem envergonhadas de irem à praia por serem "branquelas". Não se consideram adequados ao ambiente por terem a pele branca igual ao leite.
O bronzeado parece ser muito desejável. As pessoas se expõem ao sol e se deliciam com a marquinha do biquíni ou da sunga.
Porém, no nosso caso brasileiro, o curioso é que esse gosto pela pele escura em nada tem a ver com uma suposta "democracia racial".
Acontece que quem tem a pele pálida é porque "não goza a vida". Alguns dizem inclusive que "não parece saudável".
E quem não goza a vida, é porque seria pobre (algo quase amaldiçoado em nossa sociedade). Ou alguém submetido ao trabalho intermitente.
Ah, as nossas heranças ibéricas... O trabalho seria ainda coisa para os escravos?
Eu vou parando por aqui. Convidando à contribuição dos meus amigos, em especial os antropólogos que queiram fazer seus comentários, adendos e também corrigir alguma inconsistência.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Dezembro



Dezembro.
Sinto uma devastadora preguiça deste mês.
Preguiça do Papai Noel vestindo aquela roupa quente. A barba deve abrigar uma fedentina azeda e insuportável.
O Papai Noel dos trópicos deve sentir tanta raiva de ficar por aqui, sentado o dia inteiro naqueles shoppings cafonas, que no dia vinte e quatro sai vazado e sequer se preocupa em deixar presentes para as crianças mais pobres.
Deve-se avisar o bom velhinho para tomar certos cuidados este ano. Dessa vez, não são os punks que desejam chutar o seu traseiro. Caso ele, inadvertidamente, cruze um protesto em defesa do retorno dos dinossauros ao poder, ele pode tomar uma surra por usar aquela roupa toda vermelha. E não adianta dizer que o traje é uma referência à Coca-Cola, porque a turma anda meio intransigente ultimamente.
Preguiça de ver aqueles pinheiros cheios de bolas coloridas e alguns pedaços de algodão despedaçados para imitar a neve. Sinceramente, quando chega dezembro eu só penso nos coqueiros e no sol ardente e revigorante.
Preguiça dos amigos secretos. Eles agora estabelecem faixas fixas de preço. Com um mínimo e um máximo que se deve gastar na "lembrancinha". Tem comissão organizadora e tudo. O valor mínimo tem como objetivo que ninguém saia prejudicado, recebendo um presente supostamente ruim. Já o valor máximo é para que os outros não se sintam constrangidos por terem comprado um presente modesto ao seu amigo secreto. O valor máximo visa também evitar outros problemas como o assédio sexual oculto, o puxa-saquismo com o chefe e também não "inflacionar o mercado", impulsionando os preços para cima a partir da histeria coletiva.
O pior é quando alguém nos primeiros dias de dezembro te pergunta: "Vai participar do amigo secreto?".
Por dentro todo mundo responde: "paaaatcha que pariu".
Mas inevitavelmente concorda com a brincadeira, pois ficar de fora evidenciaria como somos azedos, anti-sociais, intolerantes, metidos, arrogantes, mãos-de-vaca. Tudo isso junto numa só recusa. Por isso aceitamos.
Proponho que para os próximos anos haja o "Meu amigo sou eu". Todo mundo compraria um presente para si mesmo. Depois, todos se encontrariam para mostrar como é legal o seu auto-presente. Sairia todo mundo feliz, com o presente que realmente gostaria de ter recebido. Porque ninguém conhece mais a gente do que nós mesmos.
E as festas de confraternização? Sinceramente, de festa eu sempre gosto. Mas é muito irritante ver duas pessoas que se odeiam se abraçando ao som de: "We are de Champions, my friend".
E aquela pessoa rígida, travada, que se leva muito a sério, super apegada ao próprio poder, tentando no último dia do ano passar uma imagem mais irreverente e descontraída dançando "conga conga conga"?
E quando as pessoas se odeiam? Nessa época ficam obrigadas a desejar o melhor umas às outras, demonstrando um acréscimo de solidariedade para logo no começo do ano voltarem à rotina do maldizer.
Sei que nem todo mundo é chato como eu. Aliás, o fato de me assumir como chato é libertador, pois me livra da pretensão de estar correto enquanto todos os outros estariam errados.
Esbaldem-se nos shoppings, disputando durante horas uma vaga no estacionamento. Visitem as lojas em meio às crianças gritando e fazendo birra.
Meus amigos e parentes devem achar que sou mão-de-vaca. Nunca rola um presente bacana. Mas não é nada disso. A questão não é o dinheiro. Se eu tenho nem ligo de gastar. Acontece que eu odeio loja. Não por acaso os dezembros me causem um nível elevado de irritação.
Antecipadamente agradeço a compreensão de todos