quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Privatizada, Linha 4 Amarela não mantém a qualidade histórica do Metrô de São Paulo



Aos que consideravam a baldeação na estação Sé do Metrô uma experiência de aventura, faço aqui um convite para que tentem embarcar na nova Linha Amarela na estação Consolação do Metrô na hora do rush.
A Estação Sé foi inaugurada em 1978, há 33 anos.
Ainda sim, parece ser uma obra muito mais moderna do que algumas estações da Linha 4 Amarela.
Enquanto na Sé ficamos impressionados com o vão livre que permite a chegada de luz natural, a Estação Paulista é um verdadeiro teste para os claustrofóbicos.
Saindo da Estação Consolação da Linha Verde, caminha-se por um túnel comprido e abafado que depois de muitos metros nos leva à Estação Paulista da Linha Amarela.
Foram instaladas esteiras rolantes que deveriam facilitar a jornada, mas as máquinas com poucos meses de uso estão sempre desligadas. Não se sabe se elas estão danificadas ou foram deixadas fora de serviço. O fato é que é praticamente impossível encontrar o equipamento funcionando nos horários de pico.
O jeito é ir pelo túnel feio e apertado. Caminhar em uma fila imensa onde as pessoas se parecem mais com gados indo rumo ao abate.
Os acessos são muito limitados e os funcionários fazem uso de megafones para avisar o caminho que as pessoas devem percorrer.
Quando se chega à plataforma de embarque acontece uma nova aventura.
Como as estações recentemente inauguradas não têm saídas para os dois lados do trem, o transeunte pode ser surpreendido por uma avalanche de pessoas que saem na direção contrária trombando umas nas outras.
A construção da Linha Amarela foi conturbada desde o início.
A entrega da obra atrasou mais de dois anos.
Em 2007 uma imensa cratera se abriu onde atualmente está  a Estação Pinheiros. Sete pessoas foram mortas, além de inúmeros prejuízos materiais.

A Linha 4 Amarela é a primeira do metrô que foi construída através de parceria público privada.
O consórcio vencedor foi o mesmo grupo que opera o Rodoanel, a Via Oeste e a famigerada Controlar, responsável pela inspeção veicular no governo Kassab.
Dentro dos trens, um vídeo sobre a nova linha é apresentado aos passageiros. Parece que o governo do estado e a Linha 4 orgulham-se de os trens serem importados da Coréia do Sul, gerando emprego e renda para nossos amigos coreanos, em detrimento do nosso mercado interno.
A experiência histórica do Metrô de São Paulo foi deixada de lado nessa nova empreitada.
É uma pena, já que as antigas estações do Metrô, mesmo com mais de 30 anos de construção, ainda são mais inteligentes e confortáveis.
Fico muito feliz com a expansão do Metrô e a criação de novas linhas, mas seria bacana que elas mantivessem a mesma eficiência da nossa empresa estadual que é referência para o mundo.
Os novos trens funcionam sem condutores, contando com tecnologia que permite a operação através de sistema informatizado. Mas nos últimos dias foram diversas panes.
Desejo que estes transtornos não virem rotina.
Espero ao menos que as escadas e esteiras rolantes funcionem regularmente.





8 comentários:

  1. Tem razão... é péééssimooo

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  2. Vá se danar, marxista.
    O seu texto já começa ridiculo na primeira linha, ao aformar que a linha4 é privatizada. Ela é CONCEDIDA. E os paulistas sempre serão pendentes à direita, seu sucesso pode ser no cariri mas nao em SP. E as proximas linhas de metro serao todas PPP, e o GESP terá muito dinheiro em caixa para investir em muito mais coisas, enquanto nos estados do seu PT sempre ha fiasco, como vc deve saber. Deixe de ser invejoso, vire a casaca pro States, Europa, Japao e SP.
    Marx, Mao Tse, Lenin fracassaram, deixe de ser um chato fracassado

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    1. 'Anônimo', pegue o metrô linha amarela no sentido Butantã, na estação Paulista às 8 da manhã. Vai ser muito instrutivo. Comece pelo 'funil' na ponta da estação Consolação, que sai da tradição do Metrô de criar acessos a outras linhas em pisos acima ou abaixo de uma plataforma, para não lotá-la. Vá com a multidão até as esteiras desligadas (para não lotar a plataforma da Estação Paulista, estreita e com acesso único). Siga pelo corredor único, lotado, dividido ao meio por barras de alumínio. Quando conseguir chegar ao mezanino sobre a plataforma, vá até o seu final, pois o acesso no meio é bloqueado por seguranças, para impedir confusões e brigas entre os que estão tentando entrar e os que estão tentando sair. Quando conseguir descer à plataforma, aglomere-se junto aos outros usuários em frente às portas, e espere. Graças ao tal 'sistema carrosel' e à escassez de trens, há uma espera de ao menos 3 minutos entre um trem e o próximo (na 'antiguíssima' linha vermelha, a espera é de 30 segundos, às vezes menos). Quando o trem chegar, após diminuir a enxurrada de pessoas tentando sair, force sua entrada, pois o tempo para fechar a porta é fixo, não importando quantas pessoas entram e quantas saem. Quando há muitas para sair, poucas conseguem entrar, graças ao 'carrosel'. Segure a porta para entrar, se puder, atrasando o 'carrosel'. Sinta-se um palhaço, por dar bilhões de reais à Via4, como contribuinte, e uma parte dos três reais pagos ao Metrô, como passageiro, para que eles construam e operem a pior linha do sistema de transporte sobre trilhos da cidade de São Paulo, lotada desde a inauguração.

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  3. Primeiro, quem te disse que sou do PT? Segundo, esse seu discursinho, caro anônimo, se perdeu em algum lugar do século XX. Vocês, papagaios do Estadão, deveriam buscar novas fontes para atualizar este discursinho defasado de Capitalismo x Socialismo. Aliás, se o socialismo acabou, porque o Estado está pagando o prejuizo dos bancos?
    O fato de a linha4 ser concedida não diminui o problema, ao contrário, o torna mais grave. O Estado foi responsável por 70% dos investimentos, mas a operação da linha4 - com pane dia sim outro também - é da camarilha do PSDB-Via Oeste-CCR-Controlar etc.
    Vou fingir que não entendi o seu discurso racista pra não me estressar mais. Nasci em SP, mas teria o mesmo orgulho se fosse no Cariri.

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  4. Para completar suas informações. Tirado do próprio site da CCR:
    “O controle acionário está dividido entre três grandes grupos nacionais – Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido. Juntas, as quatro empresas detêm 51,22% do capital da CCR“.
    Precisamos dizer mais alguma coisa? Isso se chama privatização.

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  5. É isso mesmo rafael! realmente a qualidade não é das melhores, embora tenha muita tecnologia envolvida, parece que a fila demora mais na hora de pico, pois as portas de vidro (automaticas) na estação faria lima (e outras tb) demora mais para abrir, tem que ficar esperando... ja com a antiga catraca,a fila ainda existe, mas as pessoas vão mais rapido...

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  6. ah! e o coringão é o melhor time do mundooooooo!!!!!!!

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  7. Essa linha é um verdadeiro horror!Onde já se viu estações de baldeações sem plataformas centrais e laterais!Aquela baldeação na paulista é um terror claustrofóbico,a ante-sala do inferno!Não tem condições de usa-la!Realmente a estação Sé parece muito mais moderna e melhor projetada pra receber a grande demanda!Esse grupo que a construiu e que a opera conseguiu manchar a imagem do metrô paulistano!Faço questão de passar longe dessa Khda mal projetada!

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