sábado, 1 de dezembro de 2012

Homenagem aos corinthianos que não podem viajar ao Japão.




Tenho muitos amigos chateados por não poderem viajar ao Japão para ver o Corinthians no mundial de clubes da FIFA.
Corinthianos dedicados, que acompanham o clube nos quatro cantos do Brasil. 
Corinthianos doentes, que vão aos estádios em meio de semana, às dez da noite, com frio e chuva, voltando pra casa quando o metrô já está fechado, ainda que a partida tenha transmissão ao vivo pela televisão.
Corinthianos históricos que há décadas freqüentam os jogos e tem mil histórias para contar. São ratos de estádio que conhecem todas as manhas para sobreviver nesta selva, tendo vivenciado, inclusive, momentos de muita tensão.
Corinthianos militantes que acompanham a vida política do clube, torcem por todas as categorias e modalidades, reivindicam um Corinthians mais próximo à identidade de seu povo. Cobram os jogadores e os fazem entender o privilégio e a responsabilidade de representarem o Corinthians dentro das quatro linhas.
Corinthianos intelectualizados, conhecedores da nossa história, sabem de tudo sobre a nossa trajetória e explicam, com riqueza de detalhes, para que os mais jovens saibam muito bem o que representa vestir essa camisa e porque somos tão diferentes dos demais torcedores. São a âncora das nossas tradições e impedem que o Corinthians se perca, em meio a qualquer deslumbramento.
Corinthianos fieis que freqüentam os jogos muito antes de o Timão adquirir esta atmosfera pop e ser "engolido" goela abaixo pela elite e pelo establishment futebolístico. Antes do Ronaldo, antes do CT, antes do estádio em Itaquera, antes da Libertadores, muito antes de tudo isso. Os Corinthianos que apoiaram o time na época de vacas magras, no sofrimento, no jejum de duas décadas sem títulos, na segunda divisão, na ditadura do Dualib.
Quero render minhas homenagens a todos estes Corinthianos que são a melhor parte do todo que é o Corinthians.
Os Corinthianos que estão enfermos e que não podem viajar.
Os Corinthianos que estão sem grana para pagar o busão (imagina para viajar até o Japão?).  Meus irmãos, tudo isso logo vai passar. Recebam minha homenagem.
Os Corinthianos que estão juntando uma grana para conseguir comprar a casa própria.
Aqueles que não conseguiram férias no trabalho. É isso aí galera, haverá outras oportunidades certamente. O negócio é batalhar.
Existem aqueles que acabaram de ganhar um herdeiro. Nasceu aquele filho (ou filha) tão esperado. Os bebês precisam de cuidados para se tornarem um dia grandes corinthianos.
Os Corinthianos que cuidam de seus pais idosos e fazem companhia a quem sempre esteve ao seu lado, permitindo viver da melhor forma o amor pelo Corinthians.
Os Corinthianos que estão de luto.
Os que não podem se endividar. Que têm responsabilidades aos montes. Que fazem de tudo para honrar seus compromissos e sabem que toda loucura só é saudável quando "misturada com a lucidez".
Talvez, alguns imaginem que o Corinthians alcance suas vitórias mais "impossíveis" somente pelo grito da torcida.
Que o barulho forte que vem das arquibancadas faz com que nossas equipes joguem com raça e se superem.
Tudo bem, isso não deixa de ser verdade.
Mas não é só isso.
Acontece que o Corinthians tem presença de espírito!
Nossa corrente é muito forte.
Imaginem só os corinthianos que vivem longe de São Paulo? Como eles sofrem tantas vezes por não poderem se fazer presentes?
A magia do Corinthians se revela no inconsciente coletivo. No consciente coletivo. Na inspiração coletiva. Na catarse coletiva. Na vibração coletiva. Num sonho que se sonha junto! Na força espiritual da nossa coletividade. 
As nossas almas estarão presentes!
Não fiquem tristes, meus amigos. Mais importante do que estar lá no Japão, é merecer estar lá com o Corinthians.
E é claro que vocês estarão lá porque vocês são o Corinthians.
AQUI é Corinthians!
AQUI onde bate o seu coração!

5 comentários:

  1. O amor pelo Coringão vai junto e o grito vai ser um só em qualquer canto desse país.VAI CORINTHIANS!!!!

    ResponderExcluir
  2. ¡Obrigado pela homenagem, amigo! Vamos estar todos lá, os da arquibancada lá do Japão, os das ruas de São Paulo e do Brasil inteiro, os corinthianos espalhados pelo mundo, inclusive um que encontrou um bar paulistano em Santiago pra ir ver o jogo com o filho de manhazinha. Todos os 33 milhões estaremos lá, em campo, jogando com os onze, dividindo cada bola, levando o time adiante e fazendo de cada grito um passe ou um chute pro gol. Vamos transformar o estádio de Tóquio num ambiente tipicamente corinthiano. Vamos ver se o Chelsea aguenta o tranco.

    ResponderExcluir
  3. Parabéns pelo texto!!! O Corinthianismo é igual, no radinho, na TV, ou na arquibancada.

    abraços!

    ResponderExcluir