sábado, 12 de janeiro de 2013

Banqueiros especuladores inconformados com Presidenta Dilma

A tônica das manifestações dos analistas econômicos dos grandes jornais brasileiros é o protesto contra as conseqüentes intervenções do governo Dilma na economia nacional.
Reclamam que as regras do jogo não devem ser mudadas e exigem que o Estado brasileiro abra mão de seu papel como regulador e indutor do desenvolvimento econômico.
Banqueiros e especuladores mobilizaram seus jornais para cobrarem o governo pela falta de transparência com as contas públicas.
Para simplificar as coisas, os "investidores" se queixam de o governo não ser suficientemente sincero quanto ao controle de seus investimentos em benefício do pagamento de juros da dívida.
Na prática, exigem que o governo gaste menos com a infra-estrutura nacional e os programas sociais e concentre suas energias em pagar outros tantos bilhões de dólares de juros aos bancos brasileiros e internacionais.
Para isso, catequizaram gerações de economistas, moldando sua capacidade crítica desde as universidades até o exercício de suas funções públicas ou profissionais.
Inventaram nomes e conceitos muito impactantes que a principio, nenhum indivíduo no planeta pode ser contrário, ao menos que conheça com alguma profundidade o que está por trás de tudo isso.
Quem poderia ser contra o "ajuste fiscal", as "metas de austeridade", o "superávit primário" e as "metas inflacionárias".
Os analistas, com a falsa justificativa de explicar e traduzir o "economês" para a opinião pública, usam metáforas mentirosas, dizendo que o Estado é como uma dona de casa que não pode gastar mais do que arrecada ou que administrar um governo é igual a administrar uma empresa.
Ora, o que distingue as responsabilidades dos governos das obrigações do setor privado é a necessidade de zelar pelo bem-estar dos indivíduos, garantir a equidade na geração de oportunidades, a justiça social, a manutenção da infra-estrutura e dos serviços públicos.
No caso de uma empresa privada, seu propósito principal é a geração de lucros e o acúmulo de patrimônio que dependem, necessariamente, do equilíbrio entre a receita e a despesa.
Mas esta não é a mesma lógica dos Estados.
Muitas vezes, um governo assume gastos e investimentos para provocar e estimular a atividade econômica. Posteriormente, o Estado recebe os bônus destes investimentos por meio do aumento da arrecadação e a manutenção do nível de emprego.
Quanto custaria para a economia do país, com impacto direto na vida de seus cidadãos, uma onda de desemprego em massa, provocada pelo agravamento de uma recessão econômica?
Pois bem, os banqueiros reclamam que o governo "esticou" as receitas anteriormente previstas para "encaixar" as contas, o que não era esperado anteriormente.
Exigem serem informados com antecedência sobre as decisões de Estado, reivindicando o status de "divindade" do Mercado.
O que o Mercado ( com m maiúsculo) chama de "esforço fiscal" não representa esforço nenhum aos seus interesses, senão para os milhões de trabalhadores que dependem diretamente da atividade econômica, dos serviços sociais e de seus empregos para viverem sua vida com dignidade.
É justamente este "esforço fiscal" que quebrou uma a uma as economias européias.
Tal "esforço" levou os Estados Unidos da América à beira do "abismo fiscal". E o curioso é que alguns preferem que a economia estadunidense caia neste abismo.
Os economistas yuppies argumentam que as economias dos países ricos se endividaram pagando os benefícios fiscais de seus trabalhadores.
Mas omitem o fato que os Estados tiveram de fazer um torturante "esforço" para suprir a demanda privada e cobrir o rombo dos banqueiros e especuladores nas bolsas de valores com fraudes bilionárias.
Se os direitos sociais dos trabalhadores foram suficientes para quebrar as economias, porque os "esforços" de guerra (mais de um trilhão de dólares) não são considerados como relevantes para arrebentar a maior economia do planeta?
Aqui no Brasil, foram gastos com pagamento de juros para rolagem da dívidas com os bancos no ano de 2011 o valor de 169 bilhões de reais.
Em 2012, com a recente queda na taxa de juros, estima-se que o Brasil economizou mais de 30 bilhões de reais.
Se os analistas estivessem realmente preocupados com o "equilíbrio fiscal" levariam em conta o tamanho desta economia por parte do governo.
Vejam, os bancos (e seus jornais) reclamam, mas o chamado "esforço fiscal" ainda corresponde a 3% da soma de todas as riquezas nacionais.
O Brasil está longe de gastar mais do que arrecada. Ao contrário, economiza 3% de tudo que lhe pertence para garantir o sono tranquilo dos bancos.
O governo tem sido firme na defesa dos interesses do Estado, sem abrir mão de suas responsabilidades, nem se acovardando diante dos interesses da oligarquia.
Da mesma forma, a oligarquia tem se organizado para defender os grandes interesses de sua minoria, ainda que tenha de colocar o país inteiro na fogueira.
A economia mundial continua em recessão, sem perspectivas imediatas de melhoria.
O Brasil ainda é uma ilha de oportunidades diante da crise internacional.
Se na Europa o nível de desemprego é assustador, no Brasil, felizmente, o desemprego não é o nosso grande problema, ainda que o crescimento do PIB tenha sido muito modesto.
A Presidenta Dilma está agindo com a coragem de uma grande Estadista.
Sabe que os capitais não tem muito para onde fugir neste momento e tem contrariado interesses poderosos.
Brasileiros, embora os especuladores duvidem do "esforço fiscal" do governo, nós não podemos diminuir o esforço político da presidenta ao reduzir a taxa de juros oficiais. Os bancos públicos passaram a ofertar taxas menores, obrigando os bancos privados a concorrerem, sob pena de perderem seus clientes.
Na prática, foram 30 bilhões de reais que o país deixou de jorrar nas contas dos grandes bancos.
Isso não é pouca coisa.
A queda nas tarifas de energia elétrica se chocou de maneira frontal com a privataria que domina o setor.
Enquanto muitos esperavam mudanças na política externa brasileira, a presidenta manteve as posições do país, enfrentando os chacais, inclusive sendo protagonista na defesa do Estado Palestino.
Os ataques pessoais ao Presidente Lula é uma tentativa de afastar a presidenta de seu grande elo com a sociedade civil.
Mas a Dilma não vacila!
Essa é a nossa presidenta!
Estejamos juntos e desencorajemos os golpistas!


Um comentário: