Há anos adquiri a rotina de visitar o Rio de Janeiro com alguma freqüência.
O trabalho era um bom pretexto para que eu pudesse estar sempre conectado com aquela cidade deliciosa.
Paulistano que sou, entender as diferenças no ritmo de funcionamento das pessoas e das coisas não foi fácil. Porém, acostumar-se com aquilo que é bom, não é tarefa das mais difíceis.
As paisagens, o clima, o samba e as praias ajudam muito nesta adaptação.
Em uma das minhas primeiras incursões ao Rio fui à padaria descolar um café da manhã.
Olhei na vitrine de salgados e me dirigi ao balconista:
- por favor, eu gostaria de um Bauruzinho.
O rapaz entortou a boca e depois de um breve silencio retrucou:
- qui qui é isso o rapá?
Decidido a comer aquele pão assado recheado com presunto, queijo e tomate fui até a vitrine e apontei para o salgado.
- ó só, isso aqui é joelho mermão!
- então me dá um joelho, concluí.
No dia seguinte voltei à padaria. Considerava-me mais seguro em terras cariocas. Decidi ir mais relaxado.
Cheguei todo malandrão e logo encarei o mesmo balconista do dia anterior. Não entendia porque ele se comportava com todos os clientes de maneira tão irreverente e insubordinada.
Aboli o tal "por favor" aparentemente antiquado naquele ambiente:
- da aí um cotovelo pra mim...
- É joelho, paulista! JO.E.LHO! Berrou o atendente.
- então me passa um joelho, por favor. Respondi desconsolado.
Parece uma pizza enrolada... aff deu fome! ;-)
ResponderExcluirA cidade é maravilhosa, o povo é maravilhoso e, pelo jeito, o joelho também é!
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