quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A São Paulo dos Grafites que Colorem as Cinzas do Concreto e da Nossa Vida!





Curioso este repentino “interesse” das classes conservadoras paulistanas pelo grafite e a arte urbana nas avenidas da cidade.

Bom saber que finalmente parecem estar preocupados com o que ocorre nas ruas da cidade, para além do fluxo de automóveis, semáforos, placas de sinalização, lugar pra estacionar e com a presença de policiais nas esquinas mais perigosas.

Tradicionalmente, os espaços públicos estiveram abandonados como uma zona de ninguém. O que ocorre entre o ponto de origem e o ponto de destino de grande parte dos paulistanos, tem sido absurdamente ignorado durante anos. Quase ninguém sequer caminha em grandes trechos urbanos, fazendo com que alguns sítios se pareçam com uma cidade fantasma.

Até mesmo aqueles "arcos" na 23 de Maio, que agora escandaliza a coxinharia geral, esteve durante décadas abandonado e sujo.

Enquanto os shoppings (esta grande invenção da humanidade) estiveram esse tempo todo abarrotados de gente, a cidade ficou largada. Isso favoreceu a criação de “cracolândias”, esconderijos e becos por onde a violência urbana se alastrou. Lojas de bairro fecharam as portas.

Até mesmo o centro da cidade ficou vazio. Os imóveis desvalorizados. Apenas nos últimos anos, com a pressão imobiliária e o trânsito caótico, o centro voltou a ser alternativa de moradia.

Essa gente agora chamada de “marginal”, foi quem salvou o centro da cidade.

Grafiteiros, skatistas, boêmios, universitários, comunidade gay, etc. Foram eles que revitalizaram e humanizaram uma importante região de São Paulo que esteve submersa no esquecimento de quem só tem olhos para os espaços privados, para as coisas privadas, para os núcleos de privilégio, ambicionando viver em alguma ilha de prosperidade, para olhar a cidade apenas através de alguma janela triste.

A reapropriação (ou apropriação) dos espaços públicos é hoje uma realidade na Cidade de São Paulo. E ela não é obra de nenhum governo, mas o impulso de uma galera livre da breguice amarelada e dos traumas de uma cidade construída por gente refugiada das guerras, retirante das secas, traumatizada com um passado de desterro e abandono. Uma gente obcecada pelo progresso pessoal a todo custo.

Não é à toa que a feiura tomou conta das paisagens. A arquitetura marcada pelos projetos individuais, ausentes de senso de coletividade, onde o único sentido das obras estava no funcional.

A São Paulo dessa nova galera que anda por aí não é mais a “cidade do progresso”, mas muito provavelmente a cidade do bem-estar social.

Os grafites embelezam e humanizam a nossa cidade. Conferem uma nova marca e um novo reconhecimento para São Paulo. Rompem a frieza cotidiana, provocam reflexão e colorem as cinzas do nosso concreto e da nossa vida.

Mas, se tem gente que não gosta, tudo bem. Criem alternativas. Participem da vida da cidade. Caminhem. Adquiram interesse por seu bairro. Convivam no parque, nas festas, nos eventos. Ao invés de reclamar para o “PSIU”, participe você também de alguma farra.

Viva mais! Ame mais! Goze mais! Deixe de lado essa histeria e essa cara de bunda elitista.


Há tanta vida lá fora…

Um comentário:


  1. Graffiti na roupa: moda ambulante e itinerante na capital paulista

    A arte a céu aberto das paredes das cidades, simbolizando a liberdade de expressão, paralelamente ao fim da ditadura dos 80, ultrapassou os muros. Agora ela é ambulante, itinerante com fio e linha. Assim, como o DNA da Allezy, uma marca streetwear, lançada no mercado nacional neste mês de abril.
    A coleção de inverno 2015 - composta de 38 peças com desenhos exclusivos, séries limitadas e assinadas por seis grafiteiros revelações no país - foi o meio democrático que o empresário prodígio Alexandre Santos encontrou para resgatar e valorizar os artistas do movimento.

    “1% ALGODÃO 99% GRAFFITI, esse é o mote da primeira campanha, que simboliza o nosso principal ideal, roupas completamente dominadas pela arte, quebrando pré-conceitos ou estereótipos, um movimento único e estilo de vida, que represente em roupas uma razão real, uma forma de expressão popular não só de compra, mas para uma sociedade mais justa”, diz o empresário.

    O público-alvo da marca Allezy acredita nas representações culturais como forma de responsabilidade social e de humanização, exigindo seus direitos e conscientes dos deveres como cidadão em um mundo tão desafiador de hoje!

    “Para isso, pesquisamos mais de um ano, novos designs, tecidos, mobilidade de cortes. Escolhemos a dedo cada um deles para que pudéssemos transpassar em nossas roupas toda a juventude, inovação e frescor da Allezy”, explica a coordenadora de produção e estilista Beatriz Cori.

    A coleção Outono Inverno Allezy conta com as assinaturas dos artistas em ascensão: Bruno Lucena, Mauricio Glor, Bruno Nobru, Daone, MOSK e Carol Murayama.

    “Criamos peças colecionáveis com a finalidade de associar a arte na moda. Mantemos o cenário de galeria aberta e estamos engajados em uma boa parte dos movimentos de cultura popular e debates sobre graffiti no Brasil e mundo”, enfatiza o idealizador da marca Allezy.

    Pregamos o que vendemos:
    Com tíquete médio, entre R$59,90 e R$ 129,00, a Allezy, localizada em Barueri (SP), será comercializada em todo território brasileiro. Além disso, conta com uma equipe de criação e de desenvolvimento de estampas, que trabalha lado a lado com os grafiteiros tornando as peças singulares, e ao mesmo tempo, respeita a identidade e visão do artista, que é comissionado por cada produto comercializado de sua linha.

    “Essa integração é muito importante e faz toda a diferença no produto final. Somos parceiros dos grafiteiros. Além disso, nossa equipe de produto tem todo o cuidado para que a arte daquela peça possa sempre ser reconhecida nos muros e paredes do Brasil”, diz a estilista Beatriz.

    Mais dados da marca Allezy:
    www.allezyshop.com
    Instagram: allezyshop

    Assessoria de Imprensa Allezy: Andrea Feliconio - www.andreafeliconio.com.br
    11-2628-0620 | 9 9144-9663.
    E-mail: andrea@andreafeliconio.com.br.
    Redes Sociais: @andrea Feliconio
    Instagram:@feliconiopautas.

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