quarta-feira, 18 de maio de 2011

100 anos de Adoniran (06-08-10)



Na semana passada a NASA bombardeou a Lua em busca de água no satélite.
As prioridades dos homens cada dia mais se mostram absurdas.
Gastam-se bilhões nestas expedições interplanetárias. Parece que o próximo alvo é Marte.
Procura-se água no espaço, mas enquanto isso, aqui na Terra inúmeros rios estão poluídos. Outros tantos  ainda  sofrem ameaças constantes de contaminação. O aquecimento global promete esvaziar nossas reservas de água doce e muito pouco se investe na redução da emissão de monóxido de carbono na atmosfera.
Pobre da Lua. Teve a má sorte de ser satélite de um planeta tão ingrato. A Lua não merecia tal agressão.
Justo a lua que serviu de inspiração para tantos amantes, poetas e boêmios.
Sinceramente não sei quem deu a ordem de ataque contra a Lua, mas quem quer que tenha sido, deve ser muito mal amado. 
Por certo, esta pessoa jamais se deitou na areia da praia em uma noite de verão, admirando a lua cheia e o céu absurdamente coberto de estrelas, enquanto o mar prateado impetuosamente vai arremessando suas ondas contra as pedras que se deixam atingir.
Eu sei que a característica fundamental do homem é a de controlar e interferir no ambiente que o cerca. Sei também que esta característica foi a que possibilitou ao homem estender a sua existência, melhorando suas condições de vida.
Mesmo assim eu digo: parem de agredir a Lua! Antes que a façamos chorar demais e suas lágrimas afoguem nossos amores possíveis. Antes que essas mesmas lágrimas nos inundem em enchentes, tufões e tsunamis de mediocridade.
Oh Lua,  perdoe essa gente feia que não sabe amar.
 

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