Bin Laden não morreu.
Não que eu queira criar aqui nenhuma nova teoria de conspiração.
Embora eu acredite que ele tenha sido baleado, fotografado, talvez tenha sido até mesmo decepado e jogado aos tubarões. Ainda assim, eu vos digo que Bin Laden morreu.
Bin Laden, assim como Saddam Hussein, foi cobra criada pelos norte-americanos. Saddam na guerra entre Irã x Iraque. E Bin Laden na guerra do Afeganistão contra a União Soviética.
Agora, os Estados Unidos, França e outros países interessados em se apropriar do petróleo libio, estão dando de mamar (com armas e dinheiro) para os bezerros terroristas que ainda são chamados de rebeldes anti Kadafi, mas que logo estarão ricos e armados. Prontos para estruturarem as suas próprias redes terroristas. Enquanto estes estiverem a serviço dos Estados Unidos serão rebeldes. Tão logo assumam suas posições políticas serão considerados terroristas.
O terrorismo é uma prática detestável. Os grupos que se valem desta ferramenta não mobilizam as massas e tampouco estão aptos a aprender com ela. Muitos utilizam a doutrina religiosa para objetivos políticos privados.
Mas dentro deste grande balaio chamado terrorismo cabe um monte de coisas.
Nelson Mandela que hoje ganha aura de líder pacifista, quando lutava contra o regime de apartheid era considerado terrorista. Mandela nunca foi pacifista, tampouco terrorista. Foi muito mais e melhor do que isso. Foi um líder que organizou seu povo contra a opressão e a injustiça.
Estou falando de Mandela, mas poderia falar de muitos outros líderes que foram tratados como terroristas porque lutavam contra a opressão das elites.
Mas é bom que se diga, Bin Laden era sim um terrorista. E da pior espécie, porque defendia a supremacia de uma aristocracia religiosa sobre o conjunto da sociedade. Era um elitista.
Com o advento das armas nucleares e a supremacia esmagadora de uma ou duas potências militares, a prática terrorista ganhou força. Agora, com estes atores não estatais, grupos militares que conseguem financiamento para suas práticas de guerra e que buscam desorganizar o discurso e a superioridade hegemônica.
Os Estados Unidos não mataram o Bin Laden, ao contrário, deram todo o reconhecimento que ele objetivou. E milhares de “binladenzinhos” nasceram ontem sonhando com um destino semelhante.
E os Estados Unidos continuam financiando seus futuros inimigos. Seja no Iraque, no Egito, na Líbia ou na Síria com o financiamento de grupos rebeldes. Vale de tudo na guerra por petróleo. Os interesses corporativos são mais importantes do que as vidas humanas.
A presença dos EUA no Oriente Médio continua sendo desastrosa. Muitas pessoas perderam suas casas, suas famílias, seus territórios e sua liberdade. As pessoas continuarão lutando. Alguns com desejo de justiça, mas outras com desejo de vingança. Violência gera violência, esta é a regra.
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